Diplomacia e Relações Internacionais
Siglas: do BRIC ao BRICS, ao BRIS, a BRISA: volare... dipinto di blu...
Quando se usam siglas emprestadas, e quando se bota tudo num caldeirão, ou num moedor de carne, para atender a desejos inconfessáveis e a ambições não reveladas, corre-se o risco de ver emergir siglas ainda mais confusas, e situações curiosas, no limite do risível.
Pois este parece o destino do novo animal político na fauna geopolítica planetária: o BRIC, ou BRICS, ou talvez BRIS, quem sabe BRISA, como acaba de sugerir um leitor deste blog, e que pode acabar em alguma outra coisa ainda não definida.
Vejam o que me escreveu um correspondente a propósito deste meu post:
Dos BRICS ao BRIS?: ilusoes anti-hegemonicas (inclusive do Brasil)(21 de Abril de 2011)
Anônimo disse...Sugerimos no lugar de BRICS o acrônimo BRISA!(...se a intenção é viver dela..!)
Vale!Sexta-feira, Abril 22, 2011 10:24:00 AM
Concordo inteiramente. O BRIC surgiu porque a Rússia se sentia desconfortável no G8 (que na verdade continuava a se reunir sob o formato de G7 para as questões "sérias", como as financeiras, e guardava para o formato G8 apenas as questões amenas, suscetíveis de acomodar as posições de uma ex-superpotência em declínio) e porque o Brasil, ou melhor, certo presidente queria porque queria aparecer na liga das grandes potências, na companhia dos grandes, enfim essas megalomanias de declinantes e ascendentes, muito comuns em adolescentes e senis...
A inclusão (indesejada para os demais) da África do Sul pelas mãos da China não parece ter resolvido muitos dos problemas internos do grupo (ou bloco, ou fórum,
whatever...) e deve complicar ainda mais as suas possibilidades de coerência e de coordenação internas, para uma instância que já não tinha muitos pontos em comum de uma agenda que era mais do contra do que a favor de algo: contra a arrogância imperial, contra o unilateralismo, contra o congelamento do poder mundial, etc., etc., etc...
De fato, como sugere meu anônimo correspondente, o nome BRISA é muito mais condizente com o espírito e a letra desse grupo que carrega nas tintas para não precisar explicar substância, e pode ir assim levando na maciota dos ventos alísios, até surgirem desafios reais (que, espera-se, eles resolvam).
A questão da Líbia, por exemplo, era uma excelente oportunidade para uma postura conjunta dos BRICS, ou da BRISA: eles resolveram se abster, o que pode até ser considerado uma posição: uma posição pela não posição, pelo atentismo, pela lavagem de mãos, pelo muro...
Boa sorte ao BRISA... ou ao BRICS, whoever, whatever...
Paulo Roberto de Almeida
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