Diplomacia e Relações Internacionais
BRIC ma non troppo: a falta que faz um C...
Do tijolo ao queijo, uma trouvaille que faz todo sentido:
Brics de uma letra sóPEQUIM - O conglomerado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) soa como tijolo em inglês (brick), sinônimo de solidez. Mas é só tirar o C de China que vira um queijo mole e cremoso no miolo (o brie).
Esse jogo de palavras é usado pelo especialista David Rothkopf, presidente da Garten Rothkopf, assessoria especializada em investimentos em mercados emergentes, em artigo para a "Foreign Policy". É uma maneira, meio sem graça, admito, de deixar claro que o que conta mesmo é o C, porque "tem as maiores reservas e o maior mercado potencial".
O departamento de pesquisas do Deutsche Bank concorda -e põe números no domínio do C: a economia da China é maior do que as três outras somadas, suas exportações e suas reservas em divisas duplicam as de seus parceiros.
Parceiros, aliás, é um termo forte para Brics (porque agora eles incorporam a África do Sul). Não há entre eles uma liga geográfica, histórica, cultural, política. Dele fazem parte a maior democracia do planeta, a Índia, um Brasil que também é grande nesse capítulo, e a maior ditadura do mundo, a China.
A única liga está dada pelo fato de a sigla ter sido inventada por uma firma financeira, a Goldman Sachs, e alegremente incorporada pelos quatro governos, como é próprio da era de hegemonia dos "senhores do universo".
Pois a estreia de Dilma Rousseff no grande mundo do multilateralismo se dará quarta-feira exatamente na cúpula dos Brics.
Mal não faz. É sempre bom bater papo com líderes globais, de países importantes por si, independentemente de haver ou não Brics como conglomerado.
Mas é ilusório esperar muito mais do que isso. Nem quando o voto coincide ele é combinado antes, como aconteceu na abstenção de todos, menos a África do Sul, na recente votação da zona de exclusão aérea sobre a Líbia.
(Clovis Rossi, desde Pequim, na Folha de São Paulo, domingo 10 de abril 2011)
loading...
-
Bric, Brics, Bric-a-brac: Russos Dispoem Do Grupo A Seu Bel Prazer... (bloomberg)
Que gracinha: os russos não gostam do nome, e querem ampliar o grupo, para algo bem maior. Que tal "Bric-à-Brac"? Paulo Roberto de Almeida BRICS Rússia pede ampliação do Brics e novo nome Em Moscou, diplomatas veem adesão de novos membros em até...
-
Brics: Reinventando A Roda - Fundo Inutil
Não entendo por que os Brics precisam criar um Fundo de reservas, quando esse Fundo já existe: ele se chama FMI. Ou os Brics consideram que seriam capazes de juntar mais dinheiro, e mais apoio de outros ,países a cinco, em lugar de contar com o FMI...
-
India Nos Brics: Cautela, Acima De Tudo - Mohan Guruswamy
Na verdade, essa "coisa" de "democratizar o sistema mundial" é bobagem: o que se pretende é ingressar na oligarquia que atualmente rege os negócios do mundo. Depois que isso for conquistado, vão cessar as demandas por "democratizar o sistema mundial"....
-
A Politica Externa Invisivel De Dilma - Clovis Rossi (fsp)
A POLÍTICA EXTERNA INVISÍVEL DE DILMA! Clóvis Rossi Folha de S.Paulo, 28/08/2011 1. Depois dos oito trepidantes anos da diplomacia de Lula/Amorim, a discrição de Dilma/Patriota parece um silêncio ensurdecedor. Afinal, Lula dava palpites, às vezes...
-
Brics Plus: Pronto, Virou Bagunca...
Criador do Bric quer incluir no grupo México e mais 3 países Sílvio Guedes Crespo Blog Estadão Economia, 17 de janeiro de 2011 O economista Jim O’Neill, criador do termo ‘Bric’, sigla para Brasil, Rússia, Índia e China, quer acrescentar mais...
Diplomacia e Relações Internacionais