Diplomacia e Relações Internacionais
Em boca fechada, nao entra... - Angela rebate Dilma...
Pois é, que chato heim?!
Tomar um pito público, assim, e nada de ciumeira pessoal, tudo por razões muito objetivas, de política econômica, que coisa mais sem graça, vocês não acham?
E isso não precisava.
Em primeiro lugar, posturas professorais, assume quem tem condições de assumir e isso implica: visão clara do problema; qualificação técnica, acadêmica, profissional e intelectual na área em questão; conhecimento preciso dos assuntos em pauta, com base numa qualificação científica desse campo do saber, com domínio das técnicas, metodologia, se possível amparado em algum doutorado ou notória especialidade; conhecimento das políticas da outra parte; numa atitude acadêmica verdadeira, ou seja, apresentando os argumentos de forma clara, consistente, com forte embasamento empírico e, sobretudo, na forma de recomendação, não de aconselhamento arrogante.
Enfim, quem se mete onde não é chamado, corre o risco de passar por metido, o que não fica bem entre chefes de Estado, ou de governo (no caso da Merkel).
Da próxima vez, conviria se aconselhar melhor entre os assessores (se estes forem especialistas, claro).
Aliás, no caso dessas políticas, creio que o essencial já foi tratado neste meu post, que trata de questões paralelas ou dessas mesmas.
Entrevista da presidente Dilma à revista Veja: comentários PRA
Em todo caso, da próxima vez, conviria pensar duas ou três antes de se pronunciar de forma sobranceira na casa dos outros.
Paulo Roberto de Almeida
Em entrevista, Merkel rejeita lição de Dilma
Foto: Divulgação
À REVISTA MANAGER-MAGAZIN, A CHANCELER ALEMÃ DIZ QUE, ANTES DE PEDIR PARA QUE PAÍSES RICOS REDUZAM O CHAMADO "TSUNAMI MONETÁRIO", DILMA DEVERIA REDUZIR OS JUROS NO BRASIL; "SE MEU POVO PODE GANHAR JUROS ABSURDOS LÁ NO PAÍS DELA, NÃO VOU PEDIR QUE NÃO FAÇA"
247 – A chanceler alemã Angela Merkel deixou o tom diplomático de lado e atacou ontem os conselhos de Dilma Rousseff sobre a gestão da crise. "Essa senhora vem à Alemanha nos dizer o que temos que fazer? Ora, a Alemanha vai bem obrigado apesar de tudo. Mas eu vou aproveitar para dar um conselho a ela... antes de vir aqui reclamar das nossas políticas econômicas, por que ela não diminui os gastos do governo dela e diminui os juros que são exorbitantes no Brasil? Se eu posso emprestar dinheiro a juros baixos e o meu povo pode ganhar juros absurdos lá no país dela, não vou ser eu que direi ao meu povo para não fazer isso. Ela que torne a especulação no país dela menos atraente", disse Merkel em entrevista à revista Manager-Magazin.
A resposta da chanceler da Alemanha se refere às críticas da presidente do Brasil que acusou os países ricos, especialmente europeus e americanos, de estarem provocando um “tsunami monetário” com suas políticas expansionistas. Segundo Dilma, a ação provoca dois efeitos : torna os produtos dos países ricos mais competitivos artificialmente, e cria bolha de ativos. "Todo mundo vai tratar de tsunami (monetário) no mundo…eu, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o BIS, que é o Banco de Compensações Internacionais, que mostra que é impossível com US$ 8,8 trilhões e no caso específico da União Europeia, com US$ 1 trilhão, o que acontece ? Acontece que a política monetária expansionista destes países produz um efeito extremamente nocivo, porque desvaloriza de forma artificial as moedas", disse Dilma.
Num discurso diante de uma platéia de empresários na abertura da maior feira de tecnologia do mundo – a CeBit, no início de março, Merkel rebateu as críicas na presença de Dilma: "Nós (ela e Dilma) vamos discutir a crise e as preocupações de cada uma. A presidente falou que está preocupada com um “tsunami de liquidez”. Do nosso lado, nós estamos olhando onde estão as medidas protecionistas unilaterais".
Agora, a Alemanha aponta o dedo para as deficiências do Brasil.
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