Dilma determina mudança na política externa do Brasil - Agencia Globo
Diplomacia e Relações Internacionais

Dilma determina mudança na política externa do Brasil - Agencia Globo



Dilma determina mudança na política externa do Brasil

- Houve fortes mudanças no mundo no último ano. Por isso, vamos redefinir um projeto de diversificação do Brasil no mundo - resume o assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.
Desde o início do ano, um seleto grupo de ministros e assessores especiais da área externa está discutindo formas de o Brasil aproveitar o entusiasmo com o país para amplificar a sua voz nos grandes temas da atualidade. A equipe é comandada pelos ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, da Fazenda, Guido Mantega, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Cada um na sua área, eles mapearão as oportunidades para reforçar a presença brasileira na agenda mundial.
- Relações internacionais não são uma ciência exata. Tentamos buscar caminhos através de uma postura de coerência que dê credibilidade ao país - explica Patriota.
Numa linguagem mais simples, diplomatas menos estrelados contam que já estão sentindo o gostinho de participar das grandes decisões do mundo, e são muitos os indícios de que o Brasil está entrando para o grupo dos países dominantes.
- É esta experiência que precisamos sistematizar e transformar em política - diz um embaixador.
Segundo Patriota, o governo manterá o que chamou de "âncora regional" em sua política externa, focada na preservação da paz e da democracia na América do Sul. Na vertente econômica, o chanceler diz que as perspectivas para os países da região são as mais promissoras das últimas décadas.
- Isso permite que nos concentremos em uma agenda positiva e em um engajamento pleno nas grandes questões internacionais - observa o ministro.
Marco Aurélio concorda, mas acredita que os países da região necessitam de mais atenção do Brasil:
- Os vizinhos reclamam nossa atenção. Estão carentes.
Tanto ele como Patriota destacam que o mundo agora é multipolar, o que permite um número maior de protagonistas. Ambos citam a China como exemplo e ressaltaram as divergências de opiniões surgidas no Conselho de Segurança da ONU em relação à Síria: chineses e russos de um lado e americanos de outro.
- Parece a volta da Guerra Fria - diz Marco Aurélio
- O Brasil se mantém firme em suas posições e leva muito em conta a opinião dos países da região - enfatiza Patriota.
Encontro para discutir crise
Os dois, no entanto, rejeitam a ideia de que o Brasil está menos falante desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a faixa para Dilma. A presidente, dizem todos, gosta de fazer política externa, conhece o assunto e dedica ao tema o mesmo interesse que seu antecessor. Claro que cada um com seu estilo: Dilma lê para se informar, Lula era intuitivo.
Na semana passada, a presidente fez críticas aos países ricos, ao dizer que a Europa provocou um "tsunami monetário" com suas medidas adotadas para enfrentar a crise. Hoje, Dilma deverá tratar do tema com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. A presidente chegou na noite de ontem a Hannover, por volta das 20h30m, duas horas após o previsto. Uma escala técnica no Porto, em Portugal, provocou o atraso. O encontro com Merkel será hoje, na abertura da maior feira de tecnologia do mundo, a CeBit.
- Lula sempre se moveu a partir de suas intuições. As reuniões de cúpula da América do Sul com os países árabes e com a África, assim como a tentativa de mediação de um acordo com o Irã, foram ideias dele. Agora, o momento é de colher frutos, olhar de forma mais minuciosa as mudanças que houve no mundo - diz Marco Aurélio, assessor internacional da Presidência desde o primeiro mandato de Lula.
Ao ser perguntado, em Hannover, sobre a conversa que Dilma terá com a chanceler da Alemanha, Marco Aurélio diz que a presidente vai repetir em público e na reunião privada com a chanceler alemã a crítica que fez aos países ricos.



loading...

- Ainda As Diferenças Entre As Diplomacias De Dilma E De Lula - Bbc Brasil
Mudança de tom sobre Irã sinaliza política externa de Dilma BBC Brasil, 08 de abril de 2011 | 13h 30 Para analistas, postura do novo governo indica maior preocupação com direitos humanos. A política externa dos primeiros cem dias de mandato da presidente...

- O Começo é Sempre Dificil, Vamos Tentar Outra Vez - Diplomacia Dilmista...
Sempre tive curiosidade em saber quem elaborava certas notas... Agora acho que teremos um upgrade conceitual, pelo menos nisso. Dilma cobra do Itamaraty diplomacia de resultados NATUZA NERY Folha de S.Paulo, 28/03/2011 Presidente quer de seu chanceler...

- A Politica Externa Da Continuidade: Muy Hermanos, A Cada 3 Meses...
Dilma confirma que manterá as reuniões trimestrais com Chávez Agencia EFE, 12/01.2011 Caracas, 11 jan (EFE) - A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e o líder venezuelano, Hugo Chávez, anunciaram um acordo nesta terça-feira para manter as reuniões...

- Politica Externa De Dilma Rousseff - G1-globonews
Desafios do governo Dilma: política externa Thiago Guimarães Do G1, em São Paulo, 30/12/2010 Sem Lula, diplomacia brasileira oscila entre inflexão e continuidade. Série do G1 analisa os principais desafios do próximo governo federal. As primeiras...

- Politica Externa: Continuidade Assegurada...
Dizem que um dos lemas do Itamaraty é saber renovar-se na continuidade. Bem, em termos de continuidade, ele não precisa mais se preocupar... Aliás, na Defesa também, como registra a matéria na sequencia. Paulo Roberto de Almeida Dilma mantém Marco...



Diplomacia e Relações Internacionais








.