Não foi possível localizar nota ou pronunciamento oficial do PPS no site do partido, mas o seu líder na Câmara efetuou um pronunciamento a respeito dos dois conflitos sociais atualmente existentes, na Ucrânia (bem mais grave, com dezenas de mortos) e na Venezuela, igualmente grave, ainda que com menor número de mortos (até aqui), pois se trata de uma ditadura aberta em plena ação.
O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), exortou a Câmara dos Deputados a se posicionar contra a violência na Ucrânia e na Venezuela. Em discurso no plenário da Casa, na manhã desta quinta-feira (20), Bueno disse concordar com a posição tomada pelo governo brasileiro com relação ao leste europeu, mas condenou “o silêncio cúmplice do Palácio do Planalto diante do mesmo autoritarismo e violação dos direitos humanos que ocorrem na vizinha Venezuela”.
Veja o vídeo do pronunciamento
“Que o Brasil diga não à violência e ao autoritarismo na Ucrânia, na Venezuela e onde quer que ocorram; que possamos nos manter coerentes com nossos princípios e valores democráticos”, cobrou o líder, que é membro da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara. Em nota, o Planalto conclamou os ucranianos ao diálogo para solucionar, de forma pacífica, seus próprios problemas. No caso da Venezuela, entretanto, o Brasil foi signatário de documento do Mercosul apoiando o governo de Nicolás Maduro, que tem reprimido duramente as manifestações de estudantes e trabalhadores nas últimas duas semanas.
Ucranianos no Brasil
Bueno lembrou que o Brasil abriga uma comunidade de cerca de 500 mil ucranianos, “uma gente forte e trabalhadora, que premiou o meu estado, o Paraná, com sua presença muitíssimo bem-vinda e uma cultura que veio se somar à já rica cultura da terra que escolheram como sua”. O parlamentar disse que acompanha com preocupação os acontecimentos na Ucrânia, “uma história cujos ingredientes – violência, estagnação econômica, corrupção, desigualdade social e extrema pobreza – apontam para o que há muito tempo deixou de ser uma manifestação para se transformar em verdadeira revolta”.
As manifestações na capital, Kiev, começaram em novembro, depois que o presidente Viktor Yanukovich cedeu a pressões da Rússia e desistiu de um acordo comercial com a União Europeia, preferindo ajuda financeira do Kremlin. Até ontem (19), os confrontos na Praça da Independênci já haviam deixado um saldo de 25 mortes e pelo menos 240 feridos de acordo com informações do Ministério da Saúde ucraniano. Já nesta quinta-feira (20) teriam ocorrido, segundo informações da imprensa internacional, mais 20 mortes
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