O "Brasil" repudia os ataques contra o Estado Islamico
Diplomacia e Relações Internacionais

O "Brasil" repudia os ataques contra o Estado Islamico


O Brasil? Mas qual Brasil? O do Palácio do Planalto? O do Itamaraty? Ou o Brasil dos brasileiros?
Neste último caso é duvidoso que ocorra, tendo em vista certas imagens. 
Terroristas do Isis massacram civis.

Pelo "diálogo"?
Então tá! Os companheiros do PT, que adoram dialogar com todos os ditadores do mundo -- e até assinaram um acordo de cooperação com o partido Bath, do Assad, o homem que prefere destruir o seu país e matar a sua própria população a "dialogar" sobre um regime democrático --  vão montar um comitê de boa vontade para dialogar com o Estado Islâmico. Afinal de contas, é sempre melhor dialogar, não é?
Paulo Roberto de Almeida 

Dilma diz que Brasil repudia ataques aéreos na Síria

Presidente afirma que bombardeio liderado pelos EUA contra alvos jihadistas pode trazer consequências deletérias no médio e longo prazos

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NOVA YORK — A presidente Dilma Rousseff condenou os ataques aéreos na Síria pela coalizão liderada pelos Estados Unidos, iniciados na noite de segunda-feira para desmantelar a organização terrorista Estado Islâmico (EI) e combater células da rede al-Qaeda. Para Dilma, o Brasil repudia agressões militares, porque elas podem colher resultados imediatos, mas trazem consequências deletérias para países e regiões no médio e longo prazos. A presidente citou Iraque, Líbia e Faixa de Gaza como exemplos recentes da falta de eficácia deste tipo de política.
— Lamento enormemente isso (ataques aéreos na Síria contra o EI). O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU. Eu não acho que nós podemos deixar de considerar uma questão. Nos últimos tempos, todos os últimos conflitos que se armaram tiveram uma consequência. Perda de vidas humanas dos dois lados, agressões sem sustentação aparentemente podem dar ganhos imediatos, mas depois causam prejuízos e turbulências. É o caso do Iraque, está lá provadinho. Na Líbia, a consequência no Sahel. A mesma coisa na Faixa de Gaza.
Dilma disse que deixará clara a posição do Brasil para a comunidade internacional na quarta-feira, no discurso de abertura da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Ela falará antes do presidente dos EUA, Barack Obama, que, em busca de legitimidade e reforço à coalizão, vai pedir a união dos países no combate à nova ameaça terrorista representada pelo EI.
Obama também presidirá reunião do Conselho de Segurança da ONU que discutirá ações multilaterais contra a organização, que já controla vastos territórios no Iraque e na Síria. Para a presidente brasileira, o órgão não tem respondido à explosão de conflitos internacionais.
— Nós repudiamos sempre o morticínio e a agressão dos dois lados. E, além disso, não acreditamos que seja eficaz. O Brasil é contra todas as agressões. E inclusive acha que o Conselho de Segurança da ONU tem que ter maior representatividade, para impedir esta paralisia do Conselho diante do aumento dos conflitos em todas as regiões do mundo — afirmou Dilma.
Após os bombardeios, o ditador sírio Bashar al-Assad afirmou que o país apoia todos os esforços internacionais contra o terrorismo, segundo a agência estatal “Sana”. Mais cedo, porém, informações desencontradas não deixavam claro se houve uma comunicação entre os governos americano e sírio sobre os bombardeios. Enquanto o regime de Assad disse ter sido informado sobre os ataques, o Departamento de Estado dos EUA fez questão de destacar que não pediu autorização e que não age em coordenação com o governo sírio.
Em um pronunciamento na Casa Branca antes de viajar a Nova York para a Assembleia Geral da ONU, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que a força da coalizão internacional contra o Estado Islâmico “deixa claro para o mundo que os Estados Unidos não estão sozinhos na luta”.
O presidente confirmou a adesão de mais de 40 países na coalizão internacional, incluindo as cinco nações árabes que participaram dos ataques aéreos na Síria — Bahrein, Jordânia, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), ao menos 120 jihadistas morreram na investida, sendo 70 combatentes do EI e outros 50 de grupos ligados à al-Qaeda.



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