Politica Externa: mais um degrau (para baixo) na escala da vergonha (mas ainda vai ter mais...)
Diplomacia e Relações Internacionais

Politica Externa: mais um degrau (para baixo) na escala da vergonha (mas ainda vai ter mais...)


Os companheiros são insuperáveis, por outros, eu quero dizer.
Eles estão sempre se superando, a si mesmos, na descida para a ignomínia, para a decadência moral, para a total abjeção, na direçao contrária a qualquer sentimento humanitário. Constato que eles não hesitam diante de qualquer compromisso vergonhoso, desde que seja com alguma estupidez política, ou diplomática, que sirva para opor-se ao Império, nem se sabe bem por qual motivo, exatamente. Alguém aí tem alguma explicação para o inexplicável?
As atitudes declaradas tocam o limiar da loucura e da degradação ética, sendo até incompreensíveis no plano da lógica ou do simples bom senso. Repito: as atitudes são incompreensíveis para os nossos padrões de raciocínio elementar. Por vezes eu me pergunto se temos alguém com um mínimo de dois neurônios funcionando em certas paragens do cerrado central.
Não tenho palavras para expressar minha repulsa pessoal, que é apenas a de um cidadão pensante, e que não tem nada a ver com minha condição profissional.
Se eu tiver de renunciar a um dos dois status, já se sabe o que eu faria. Tanto porque eu me sinto terrivelmente incômodo com uma delas.
Certas coisas são inclassificáveis. Voilà, encontrei a palavra, que é um cul-de-sac, se me permitem a expressão quase pornográfica da língua francesa: os companheiros são inclassificáveis, eles estão abaixo de qualquer categoria aceitável em sociedades normais.
Paulo Roberto de Almeida 

EU QUERO QUE A DILMA DESEMBARQUE NO CALIFADO DO ESTADO ISLÂMICO PARA NEGOCIAR COM TERRORISTAS. SEI QUE ELA ESTÁ PREPARADA PARA ISSO!Reinaldo Azevedo, 
24/09/2014
 às 4:03

A estupidez da política externa brasileira não reconhece limites.

Não recua diante de nada.
Não recua diante de cabeças cortadas.
Não recua diante de fuzilamentos em massa.
Não recua diante da transformação de mulheres em escravas sexuais.
Não recua diante do êxodo de milhares de pessoas para fugir dos massacres.
Não recua diante da conversão de crianças em assassinos contumazes.
A delinquência intelectual e moral da política externa brasileira, sob o regime petista, não conhece paralelo na nossa história.

A delinquência intelectual e moral da política externa brasileira tem poucos paralelos no mundo — situa-se abaixo, hoje, de estados quase-párias, como o Irã e talvez encontre rivais à baixura na Venezuela, em Cuba e na Coreia do Norte.
Nesta terça, na véspera de fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, a ainda presidente do Brasil fez o impensável, falou o nefando, ultrapassou o limite da dignidade. Ao comentar os ataques dos Estados Unidos e aliados às bases do grupo terrorista Estado Islâmico, na Síria, disse a petista:
“Lamento enormemente isso (ataques aéreos na Síria contra o EI). O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU. Eu não acho que nós podemos deixar de considerar uma questão. Nos últimos tempos, todos os últimos conflitos que se armaram tiveram uma consequência: perda de vidas humanas dos dois lados. Agressões sem sustentação aparentemente podem dar ganhos imediatos, mas, depois, causam prejuízos e turbulências. É o caso do Iraque, está lá provadinho. Na Líbia, a consequência no Sahel. A mesma coisa na Faixa de Gaza. Nós repudiamos sempre o morticínio e a agressão dos dois lados. E, além disso, não acreditamos que seja eficaz. O Brasil é contra todas as agressões. E, inclusive, acha que o Conselho de Segurança da ONU tem de ter maior representatividade, para impedir esta paralisia do Conselho diante do aumento dos conflitos em todas as regiões do mundo”.
Nunca a política externa brasileira foi tão baixo. Trata-se da maior coleção de asnices que um chefe de estado brasileiro já disse sobre assuntos internacionais.
A fala de Dilma é moralmente indigna porque se refere a “dois lados do conflito”, como se o Estado Islâmico, um grupo terrorista fanaticamente homicida, pudesse ser considerado “um lado” e como se os EUA, então, fossem “o outro lado”.
A fala de Dilma é estupidamente desinformada porque não há como a ONU mediar um conflito quando é impossível levar um dos lados para a mesa de negociação. Com quem as Nações Unidas deveriam dialogar? Com facínoras que praticam fuzilamentos em massa?
A fala de Dilma é historicamente ignorante porque não reconhece que, sob certas circunstâncias, só a guerra pode significar uma possibilidade de paz. Como esquecer — mas ela certamente ignora — a frase atribuída a Churchill quando Chamberlain e Daladier, respectivamente primeiros-ministros britânico e francês, celebraram com Hitler o “Pacto de Munique”, em 1938? Disse ele: “Entre a desonra e a guerra, escolheram a desonra e terão a guerra”.
A fala de Dilma é diplomaticamente desastrada e desastrosa porque os EUA lideram hoje uma coalizão de 40 países, alguns deles árabes, e conta com o apoio do próprio secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon.
A fala de Dilma é um sarapatel de ignorâncias porque nada une — ao contrário: tudo desune — os casos do Iraque, da Líbia, da Faixa de Gaza e do Estado Islâmico. Meter tudo isso no mesmo saco de gatos é coisa de uma mente perturbada quando se trata de debater política externa. Eu, por exemplo, critiquei aqui — veja arquivo — a ajuda que o Ocidente deu à queda de Muamar Kadafi, na Líbia, e o flerte com os grupos que se organizaram contra Bashar Al Assad, na Síria, porque avaliava que, de fato, isso levaria a uma desordem que seria conveniente ao terrorismo. Meus posts estão em arquivo. Ocorre que, hoje, os terroristas dominam um território imenso, provocando uma evidente tragédia humanitária.
A fala de Dilma é coisa, de fato, de um anão diplomático, que se aproveita de uma tragédia para, uma vez mais, implorar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança de ONU. O discurso da presidente do Brasil só prova por que o país, infelizmente, não pode e não deve ocupar aquele lugar. Não enquanto se orientar por critérios tão estúpidos.
Ao longo dos 12 anos de governos do PT, muita bobagem se fez em política externa. Os petistas, por exemplo, condenaram sistematicamente Israel em todos os fóruns e se calaram sobre o terrorismo dos palestinos e dos iranianos. Lula saiu se abraçando com todos os ditadores muçulmanos que encontrou pela frente — incluindo, sim, o já defunto Kadafi e o antissemita fanático Mahmoud Ahmadinejad, ex-presidente do Irã. Negou-se a censurar na ONU o ditador do Sudão, Omar al-Bashir, que responde pelo assassinato de 400 mil cristãos. O Brasil tentou patrocinar dois golpes de estado — em Honduras e no Paraguai, que depuseram legitimamente seus respectivos presidentes. Endossou eleições fraudadas na Venezuela, deu suporte ao tirano Hugo Chávez e ignorou o assassinato de opositores nas ruas, sob o comando de um louco como Nicolás Maduro.
E, como se vê, ainda não era seu ponto mais baixo. Dilma, nesta terça, deu o seu melhor. E isso quer dizer, obviamente, o seu pior. A vergonha da política externa brasileira, a partir de agora, não conhece mais fronteiras.
Pois eu faço um convite: vá lá, presidente, negociar com o Estado Islâmico. Não será por falta de preparo que Vossa Excelência não chegará a um bom lugar.
Por Reinaldo Azevedo


Share on Tumblr



loading...

- Exposicao Ao Ridiculo E Caso De Internacao, Ainda O Estado Islamico Dos Companheiros - Percival Puggina
Não Nos Exponha ao Ridículo Por Percival Puggina  O Globo, 23 de setembro de 2014 A presidente Dilma Rousseff condenou os ataques aéreos na Síria pela coalizão liderada pelos Estados Unidos, iniciados na noite de segunda-feira para desmantelar...

- Delinquencia Diplomatica E Direito 'a Irresponsabilidade - Demetrio Magnoli
O Brasil reconheceu, implicitamente, o Estado Islâmico, segundo Demétrio Magnoli. Nada mais coerente, segundo um outro jornalista crítico, Augusto Nunes. Só poderia dar nisso: quem tem um Estado Islâmico dos Companheiros dentro das fronteiras, sempre...

- Brasil-eua: Dialogo Cancelado Por Causa Do "dialogo" (entenderam?)
Bem, parece que muito diálogo cria confusão. Nessas coisas de diplomacia, quanto mais discrição melhor. Quem se aventura a falar muito, por aí, com outros objetivos que não do diálogo diplomático, corre o risco de ficar sem diálogo, entenderam?...

- Politica Externa: Coerencia Total E Sem Falhas - Augusto Nunes
Sem comentários. E precisa? Paulo Roberto de Almeida  23/09/2014 às 21:48 Augusto Nunes \ Direto ao Ponto A defesa do Estado Islâmico é uma prova de coerência: a condutora da política externa da canalhice jamais desperdiçou alguma chance...

- A Diplomacia Companheira - Editorial O Globo
A recaída da política externa brasileira Editorial O Globo, 7/10/2011 Dilma recua depois de acenar com o abandono da diplomacia companheira No caso da Síria, a política externa brasileira voltou a demonstrar pruridos e cautelas...



Diplomacia e Relações Internacionais








.