Com o avanço dos estudos sobre relações internacionais no Brasil, inclusive no nível de pós-graduação, tem-se verificado um crescimento significativo da produção de conhecimento em áreas de interesse para a política externa. De uma produção que era incipiente nos anos 80 do século XX, observou-se já a partir dos anos 90, mas sobretudo na primeira década do século XXI, um aumento muito expressivo no número de dissertações de mestrado e teses de doutorado elaboradas em Universidades brasileiras sobre temas relevantes para nossa diplomacia.
Apresenta-se com isso, para os que trabalham com a política externa, e para o Itamaraty em particular, um novo desafio: o de acompanhar e mapear essa produção de conhecimento, de modo a tornar possível sua absorção. O universo acadêmico brasileiro já conta com instrumentos utilizados corriqueiramente pela comunidade de pesquisadores e estudantes para acompanhar a produção de trabalhos de investigação. São os portais e plataformas mantidos por instituições como a CAPES, o CNPq ou o IBICT, além dos repositórios institucionais das Universidades, onde se podem obter os textos integrais de muitas das teses e dissertações defendidas.
Com vistas a trazer uma contribuição para os que trabalham com a política externa, o IPRI deu início a um trabalho de mapeamento da produção acadêmica brasileira na área de relações internacionais. Mediante o uso dos instrumentos já disponíveis para a comunidade acadêmica, a equipe do IPRI passou a elaborar listas que permitem apresentar de forma simples e de fácil consulta as informações sobre teses e dissertações defendidas por área temática, bem como sobre os grupos de pesquisa estabelecidos em Universidades brasileiras. Trata-se de um trabalho de fôlego, que requer paciência e dedicação, mas que é justificado pelo resultado. Torna-se possível, assim, encontrar em um único local, com listas já prontas, um panorama da produção acadêmica em determinada área temática.
Por sua importância como tema prioritário na agenda de política externa do Brasil, o MERCOSUL foi escolhido como primeira área temática para esse mapeamento. Identificaram-se as teses e dissertações elaboradas sobre esse tema desde 1994 (ano da assinatura do Protocolo de Ouro Preto) até os dias de hoje, apontando-se o nome do autor, o título do trabalho, a instituição que o acolheu, e apresentando um link para um resumo. Da mesma forma, elaborou-se uma lista dos grupos de pesquisa atualmente cadastrados junto ao CNPq dedicados a temas relacionados ao MERCOSUL.
Clique aqui para acessar o texto introdutório e a lista de teses e dissertações sobre MERCOSUL.
Clique aqui para acessar o texto introdutório e a lista de grupos de pesquisa sobre MERCOSUL.