Diplomacia e Relações Internacionais
Eleicoes 2014: programa do partido totalitario lido por Orlando Tambosi
Retomo aqui uma postagem de 29 de maio, no blog do meu colega e amigo Orlando Tambosi, que comenta, com base em trechos das diretrizes programáticas do partido totalitário para as eleições presidenciais de 2014, os principais pontos da plataforma de campanha desse inacreditável partido que vive olhando para trás.
Não só continua comprometido com as causas perdidas -- e criminosas -- dos socialismos dos séculos 19 e 20, como continua com suas obsessões preferidas: o ancien régime tucanês, um inexistente neoliberalismo, e todos os demais fantasmas que continua a cultivar, DEPOIS DE DOZE ANOS DE REGIME COMPANHEIRO.
Inacreditável que, mesmo tendo mais de dez anos de poder, os companheiros continuem a se preocupar com o que não fizeram e não conseguiram fazer: combater o capitalismo financeiro, a mídia golpista, o imperialismo americano e todas aquelas fantasmagorias que costumam agitar para enganar os incautos.
Grato a Orlando Tambosi por revelar a verdadeira natureza do monstro totalitário.
Frente a essas coisas monstruosas, só cabe repetir: "Nem a pau, Juvenal!", e "Já deu PT!".
Paulo Roberto de Almeida
Diretrizes do PT deixam claro: o projeto Dilma II é bolivariano.
// BLOG DO ORLANDO TAMBOSI
29/05/2014
O linguajar do documento aprovado neste mês pelos petistas em maio, para orientar o ambicionado segundo mandato de Dilma, não esconde a carranca autoritária do partido de Lula. Ressalto alguns pontos que manifestam o atraso conceitual e político-ideológico do petismo, que ainda fala em "imperialismo norte-americano", "neoliberalismo" etc. O PT, de fato, nunca fez as contas com 1989 - derrubada do Muro de Berlim - e 1991 (implosão da URSS). É rançoso, ressentido, anticapitalista e de tendência totalitária. Tem rabo preso com a ditadura castrista e com neofascismo bolivariano:
1) Mudança como retrocesso
O documento petista tenta pegar carona no clamor de mudança manifestado pela população, mas vê tudo pelo retrovisor. Vejam só o retrocesso bolivariano:
O que significa “continuar mudando” o Brasil? Responder a estas perguntas exige lembrar que, tanto no Brasil quanto no conjunto da América Latina, continua posta a tarefa de superar a herança maldita cujas fontes são a ditadura militar, o desenvolvimentismo conservador e a devastação neoliberal.
Esta herança maldita se materializa, hoje, em três dimensões principais: o domínio imperial norte-americano; a ditadura do capital financeiro e monopolista sobre a economia; e a lógica do Estado mínimo.
Superar estas três dimensões da herança maldita é uma tarefa simultaneamente nacional e regional, motivo pelo qual defendemos o aprofundamento da soberania nacional, a aceleração e radicalização da integração latino-americana e caribenha, uma política externa que confronte os interesses dos Estados Unidos e seus aliados.
2) Ataque à imprensa
O documento identifica dois projetos em disputa: o totalitário petista e o de "setores da elite conservadora e da mídia oligopolista, que funciona como partido de oposição". E tome ranço e ressentimento:
"Arregimentam os interesses privatistas, rentistas, entreguistas, sob o guarda-chuva ideológico do neoliberalismo e de valores retrógrados do machismo, racismo e homofobia, daqueles que pretendem voltar ao passado neoliberal,
excludente e conservador.
Mais esta, que revela o ódio ao jornalismo independente:
No entanto, o que percebemos do oligopólio midiático brasileiro é um distanciamento da verdade factual e a adoção de uma linha editorial que busca a permanente desconstrução dos movimentos sociais, dos nossos
governos e do nosso partido. O oligopólio midiático tenta induzir a opinião pública e inflar nossos adversários, assumindo o papel de oposição sistemática.
3) Condenação do STF
Não poderia faltar, nas diretrizes, a condenação do STF, que, após longo processo, condenou à prisão grande parte da liderança petista, envolvida no mensalão. Para o PT, a conduta do tribunal é de exceção. Fidel Castro assinaria embaixo:
"O principal exemplo desta conduta é o julgamento de exceção em que se transformou a Ação Penal 470. Além de tudo que já foi dito em resoluções anteriores do Partido a respeito, agora vemos a perseguição e a negação de
direitos a condenados, com o objetivo de acuar o próprio PT. Enfrentar esta situação exige, para além de medidas imediatas, um persistente trabalho de desconstrução da opinião pública acerca deste julgamento, que foi "80%
político" e injusto. A campanha eleitoral dos adversários deverá abordar este assunto, o que o tornará ainda mais incontornável."
4) Defesa da "assembleia constituinte", típica do golpismo bolivariano.
As eleições de 2014 são, também, um momento decisivo para travar o debate de idéias e conquistar hegemonia em torno do nosso projeto de sociedade. Nesse sentido, a proposta feita pela presidenta Dilma ao
Congresso Nacional, de um plebiscito para convocar uma Constituinte Exclusiva pela Reforma Política, proposta encampada pelo PT, movimentos sociais, centrais sindicais, partidos políticos, organizações da sociedade, deve fazer parte destacada da ação eleitoral da militância e de nossas candidaturas. A luta pela reforma política deve estar no centro de nossa tática eleitoral e dos programas de governo nacional e estaduais.
5) A estupidez anticapitalista, sintoma de cegueira histórica e utopia totalitária.
Por fim, reafirmamos que para nós do Partido dos Trabalhadores as eleições não são um fim em si mesmo. Nosso grande objetivo é, através das vitórias que obtemos nos espaços institucionais, democratizar o Estado, inverter prioridades e estabelecer uma contra-hegemonia ao capitalismo, capaz de construir um projeto de socialismo radicalmente democrático para o Brasil.
No mais, temos a costumeira defesa de doutrinas politicamente corretas, relativas a "gênero", "raça" e outros (pre)conceitos ultrapassados. O leitor pode consultar o próprio documento para constatar que se trata de um partido retrógrado, sem sintonia com as transformações históricas contemporâneas.
Depois disso, alguém com um pouco de apreço pela democracia ainda pensa em votar em Dilma?
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