Autonomia nacional em energia: Sumiu? - a fabula do petroleo e do etanol...
Diplomacia e Relações Internacionais

Autonomia nacional em energia: Sumiu? - a fabula do petroleo e do etanol...


Não concordo com tudo o que vai escrito abaixo. Ou talvez concorde com o sentido geral, mas consoante meus hábitos empiricistas, preferiria apoiar com números e dados materiais cada um dos argumentos e afirmações.
Tudo o que diz o autor é verdade, mas nem tudo pode ser atribuído a um único homem, inclusive porque se trata de alguém que nunca leu, nunca estudou, e que possui uma inteligência apenas intuitiva, o que não quer dizer que acerte em todas as suas recomendações.
No caso da energia, o Sr. Luiz Inácio errou muito, mas muito mesmo. Mas ele não errou apenas por pretender fazê-lo, voluntariamente. Foi mal aconselhado. Os principais culpados da tragédia brasileira em energia foram seus conselheiros nessa matéria, em primeiro lugar a que agora ocupa a presidência.
Esse pessoal impôs um alto custo ao povo, isso é verdade, mas sobretudo impôs distorções tremendas à matriz energética do país, e à própria economia, cometendo erros que vão pesar anos e anos à frente, com os vieses estatizantes, e anti-capital estrangeiro que caracterizam sua (ausência de) racionalidade econômica, de fato, uma total falta de pensamento econômico mais elaborado.
De fato, pagamos muito caro pela nossa gasolina e ainda importamos. Pagamos muito caro pelo nosso etanol e ainda importamos. Existem diversas razões para isso, não apenas atribuíveis ao cérebro deformado do Sr. L.I, mas o sentido geral das políticas estatizantes e autonomistas foi ele quem determinou. Esse Senhor fez muito mal ao Brasil, e vai continuar fazendo, infelizmente.
Paulo Roberto de Almeida


FÁBULA DO PAÍS DO ÁLCOOL E DA GASOLINA
Célio Pezza*, 13/10/2011

Era uma vez, um país que disse ter conquistado a independência energética com o uso do álcool feito a partir da cana de açúcar. Seu presidente falou ao mundo todo sobre a sua conquista e foi muito aplaudido por todos. Na época, este país lendário começou a exportar álcool até para outros países mais desenvolvidos. Alguns anos se passaram e este mesmo país assombrou novamente o mundo quando anunciou que tinha tanto petróleo que seria um dos maiores produtores do mundo e seu futuro como exportador estava garantido.

A cada discurso de seu presidente, os aplausos eram tantos que confundiram a capacidade de pensar de seu povo. O tempo foi passando e o mundo colocou algumas barreiras para evitar que o grande produtor invadisse seu mercado. Ao mesmo tempo adotaram uma política de comprar as usinas do lendário país, para serem os donos do negócio. Em 2011, o fabuloso país grande produtor de combustíveis, apesar dos alardes publicitários e dos discursos inflamados de seus governantes, começou a importar álcool e gasolina. (Quem é inteligente e competente não fala, FAZ)

Primeiro começou com o álcool, e já importou mais de 400 milhões de litros e deve trazer de fora neste ano um recorde de 1,5 bilhão de litros, segundo o presidente de sua maior empresa do setor, chamada Petrobrás Biocombustíveis. Como o álcool do exterior é inferior, um órgão chamado ANP (Agência Nacional do Petróleo) mudou a especificação do álcool, aumentando de 0,4% para 1,0% a quantidade da água, para permitir a importação. Ao mesmo tempo, este país exporta o álcool de boa qualidade a um preço mais baixo, para honrar contratos firmados.

Como o álcool começou a ser matéria rara, foi mudada a quantidade de álcool adicionada na gasolina, de 25% para 20%, o que fez com que a grande empresa produtora de gasolina deste país precisasse importar gasolina, para não faltar no mercado interno. Da mesma forma, ela exporta gasolina mais barata e compra mais cara, por força de contratos.

A fábula conta ainda que grandes empresas estrangeiras, como a BP (British Petroleum), compraram no último ano, várias grandes usinas produtoras de álcool neste país imaginário, como a Companhia Nacional de Álcool e Açúcar, e já são donas de 25% do setor. A verdade é que hoje, este país exótico exporta o álcool e a gasolina a preços baixos, importa a preços altos um produto inferior, e seu povo paga por estes produtos um dos mais altos preços do mundo. Infelizmente esta fábula é real e o país onde estas coisas irreais acontecem chama-se Brasil.
***
L.I. usou a mentirinha acima para se enaltecer e eleger sua candidata. Jogou sujo, mais uma vez, pois sabia que, quando suas patifarias começassem a transbordar, seria no governo seguinte, deixando-o sem responsabilidade por tanta porcaria, ao menos diante dos eleitores que acreditaram nele. Por isso é preciso ser lembrado, sempre, de que ele é o principal causador tanto pela consequencia dos seus erros que começam a surgir, quanto pelos erros cometidos por sua sucessora, pois ele jurava que a atual presidente seria a melhor coisa para o país.  Quem elegeu Dilma não o povo que nem a conheia, foi L.I.

*Célio Pezza é escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete PortasAriane, e o seu mais recente A Palavra Perdida (www.celiopezza.com).



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