Diplomacia e Relações Internacionais
A tragedia educacional brasileira: a empulhacao academica
É inacreditável: a educação brasileira é a tragédia que é por causa, justamente, do besteirol freireano, ou seja, o primarismo boçal dos ensinamentos de Paulo Freire, que continua influenciando essa pedagogia de botequim que "orienta" nossos educadores, mestres, professores e até alguns "doutores", como esse que aí pontifica.
A matéria abaixo resume e codensa tudo o que há de errado e de idiota na educação brasileira hoje, e que esse pessoal nefasto quer continuar e expandir.
Ou seja, não existe nenhuma chance de que a educação melhores nas próximas duas décadas. O Brasil vai continuar essa miséria educacional que ele é hoje em função da influência deletéria de pessoas como essas.
Paulo Roberto de Almeida
Trilhas abertas para um projeto popular de educaçãoInfoUnB, 13.08.2010
Desvendar toda a complexidade da educação atual no Brasil não é tarefa das mais fáceis. Porém, não menos estimulante para o educador Miguel González Arroyo, professor titular emérito da Faculdade de Educação da UFMG. Para ele, as indagações sobre o sistema educacional não podem perder como referência a trilha aberta pelo mestre Paulo Freire e deveriam estar nas universidades e nas escolas.
A importância de se pensar certezas e paradigmas da educação exige que não fiquemos na superficialidade dos debates, mas que busquemos justificativas e razões plausíveis para ponderar sobre os aspectos positivos e negativos para dar conta de toda essa complexidade. O que então considerar? Com essas preocupações é que o professor Arroyo acompanhou atentamente todos os debates e reuniões do III Encontro Nacional de Pesquisa do Campo / III Seminário sobre Educação Superior as Políticas para o Desenvolvimento do Campo Brasileiro / I Encontro Internacional de Educação do Campo, que aconteceram simultaneamente no Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília, de 4 a 6 de agosto de 2010.
Doutor em Educação, Miguel Arroyo, com o rigor acadêmico com que costuma falar para platéias atentas, não economizou nas advertências sobre tudo que ouviu durante os debates. Sua preocupação sobre as diferentes perspectivas das análises debatidas levou-o a esmiuçar detalhes repletos de reflexões. Segundo ele, não devem faltar pesquisas para dar conta da amplitude do processo educacional, principalmente aquela dedicada à Educação do Campo. “Estamos em tempo de reflexão, quase que de aniquilamento da Educação do Campo”, disse ele, para sugerir urgência em pesquisas que demonstrem o que está acontecendo na área.
Em referência ao que ouviu dos conferencistas estrangeiros e que lhe serviu como exemplo, Arroyo declara que não é preciso nada temer, pois o campo continua sendo uma das principais questões para o conhecimento e é preciso saber os processos históricos “para se contrapor ao processo hegemônico” existente hoje no campo brasileiro. Para ele, essa é uma das grandes tensões políticas e “devemos assumir que estamos nesse jogo”.
Para tanto, ele alerta sobre a forma de como é visto o papel do Estado e das instituições nesse processo, e pede cautela. “Não é o Estado que é o modo de produção, não podemos destacar tanto o Estado e inocentar os processos mais radicais de modo de produção capitalista, não se pode colocar no Estado e nas universidades toda a responsabilidade sobre o que ocorre na Educação do Campo”, ressaltou.
Não que ele estivesse inocentando o Estado. O problema, para Arroyo é de ocupação dos espaços, é preciso lutar e ocupá-los e ver até que ponto o Estado faz o papel de controlador do capital, disse. Nesse percurso, é que se destacam os movimentos sociais para revelar o Estado real e os limites do Estado. Em sua concepção, “é necessário pesquisar o quanto avançamos para que o Estado seja também controlado por nós. Os movimentos sociais têm uma visão de que o Estado é um campo de disputa – essa é uma visão ingênua do Estado”. Para ele, o que se deve fazer é ocupar as universidades, “ocupar o latifúndio do saber”.
Projeto contra-hegemônico - Para fortalecer a educação do campo, Arroyo aponta como protagonista a vinculação da Educação a um projeto contra-hegemônico. “Temos que pesquisar melhor qualquer pedagogia do projeto hegemônico que conforme os povos do campo, que vê os outros como os outros, não como nós – aqueles que estão lá. Esse projeto hegemônico é que destrói os territórios índios, quilombolas, favelados”, denuncia.
São tarefas dos movimentos sociais repensar e pesquisar como os projetos pedagógicos hegemônicos, desde a colonização, têm como objeto a conformação dos povos do campo e também o fato de que não têm território. “O modo de produção de construção desses outros tem as suas especificidades e quem tem de revelar isso são os povos do campo para tirarem consequências pedagógicas disso, e se fazerem presentes e se afirmarem”.
Arroyo recomenda questionar com que pedagogia os trabalhadores do campo foram segregados. Para ele, é a mesma com que o sistema hegemônico tenta expropriar os trabalhadores nas cidades, nas fábricas. Por isso, o trabalho deve ser a grande matriz pedagógica, em que o movimento operário não só aprende o trabalho, mas os direitos da cidadania.
Para o professor da UFMG, é preciso privilegiar um projeto de Educação do Campo para dar conta da desconstrução e avançar num projeto popular, com a perspectiva da importância da escola para os povos do campo, “que vai além do nosso imaginário iluminado. Temos que pensar na vida, pois a escola trata com vidas precarizadas”.
A urgência de se pensar um projeto contra-hegemônico, mais radical que a sala de aula para não conformar os sujeitos leva à questão: “Formar o quê no campo?”. Arroyo insiste na autonomia das comunidades, não só escolares, para formar para o trabalho coletivo; formar para a ocupação territorial, aprender para se defender, para ter autonomia política, não só de pensamento; para intervenção nas bases materiais e simbólicas; para sustentabilidade da produção.
O professor Miguel Arroyo deixou registrado seu compromisso com uma Educação formadora de sujeitos com direitos e dignidades. Uma lição de princípios da Educação como direito social. Uma lição para o exercício da cidadania.
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