A marcha da (des)integracao no (e do) Mercosul: restricoes argentinas continuam, com passividade brasileira
Diplomacia e Relações Internacionais

A marcha da (des)integracao no (e do) Mercosul: restricoes argentinas continuam, com passividade brasileira


As mesmas cenas se repetem praticamente desde 2003, e não se sabe de uma reação brasileira consistente, a não ser algumas demonstrações de "machismo" comercial no começo deste governo, apenas para constar. Depois tudo voltou ao normal, ou seja, argentinos adotam medidas ilegais e arbitrárias, e o Brasil não faz absolutamente nada...
Paulo Roberto de Almeida


Saiba por que o governo Dilma não ajuda os calçadistas gaúchos barrados na Argentina
Jornalista Políbio Braga, 28/09/2011

Há 213 dias estão parados nas fábricas brasileiras alguma coisa como 3,4 milhões de pares de calçados brasileiros, no valor total de US$ 33,8 milhões, simplesmente porque a sra. Cristina Kirchner mandou trancar as autorizações para o ingresso do produto na Argentina.

. É muito dinheiro.

. Os calçadistas dos vales do Sinos e Panharana estão alarmados com a falta de reação do governo brasileiro. A Piccadilly, segundo o jornal NH, de Novo Hamburgo, tem depositadas 200 mil caixas na sua fábrica de Teutônia. A Argentina é o seu maior mercado.

. A Argentina é o terceiro maior mercado para os calçados brasileiros. Só perde para Estados Unidos e Reino Unido. Este ano, subiu para o segundo posto.

. No ano passado, o RS exportou US$ 43,4 milhões de calçados para a Argentina, valor muito parecido com a média anual dos anos anteriores. De qualquer modo, são números dramaticamente inferiores a 2000 e 2001, quando as exportações anuais superaram a casa dos US$ 90 milhões.

. Cobro do ministro e nada", queixou-se até mesmo um deputado do PT, Luis Lauermann. O deputado João Fischer, ligado aos calçadistas, reclamou: "É hora de deixar a diplomacia de lado e retaliar".

. Dilma Roussef não quer marola às vésperas da eleição presidencial da qual a presidente Cristina Kirchner é a candidata mais competitiva.

. O   governo federal tolera as retaliações argentinas porque o Brasil exporta mais do que importa da Argentina. Segundo pesquisas do editor, a balança comercial brasileira foi superavitária em 2009, 2010 e 2011 (até julho): US$ 1,5 bilhão, US$ 4,1 bilhões e R$ 3 bilhões.

. O problema maior nem é político, porque a economia brasileira é complementar à economia argentina, mas a economia gaúcha compete com a economia argentina. Os números são claríssimos. No ano passado (nos anos anteriores não foi muito diferente) eis como se comportou a balança comercial com os argentinos: exportações, US$ 1,2 bilhão; importações, US$ 2,2 bilhões; déficit, US$ 1,2 bilhão.

- Saídas ? Medidas compensatórias para os produtos gaúchos que competem com os argentinos e também uma política econômica local de agregação maior de valor. 



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