Diplomacia e Relações Internacionais
Um Brasil ordinario, muito abaixo do ordinario...
Enfim, sempre haverá os que não acreditam, que não aceitam, que preferem xingar em lugar de olhar a realidade.
Eu sou daqueles que preferem não ser, ou ficar, cegos. Não apenas isso: exerço meus direitos cidadãos na maior extensão possível, que neste caso são apenas os de ler, protestar disseminando, imaginar que as pessoas possam melhorar, pelo direito ou pela justiça, talvez pela consciência.
Mas tem gente que prefere continuar cega, inclusive achando que o Estado é um mal menor, em face desse terrível monstro que se chama neoliberalismo...
Paulo Roberto de Almeida
Aliados e companheirosEDUARDO GRAEFF
Folha de S.Paulo, 23/08/2011
A principal função dos aliados é servir de rede de segurança e de cortina de fumaça para o aparelhamento da máquina federal promovido pelo PT
Se quisesse mudar para valer sua relação com os aliados, a presidente Dilma Rousseff teria que mudar sua relação com o PT.
É aí que mora realmente o perigo moral que ronda seu governo.
Acredite quem quiser que os ares de Brasília conspurcaram a inocência original do PT. Ele chegou lá escolado por pelo menos dez anos de prática nas instâncias de poder que lhe caíram nas mãos antes de 2003.
Em 2006, quando o escândalo do "mensalão" fervia, a promotoria da cidade de Santo André ouviu de um secretário municipal de Mauá que, em 1998, Lula e José Dirceu procuraram o prefeito de Mauá e cobraram ajuda para financiar as campanhas do PT.
Segundo o secretário, Lula teria dito: "Pô, Oswaldo Dias, tem que arrecadar como faz o Celso Daniel. Você quer que a gente ganhe a eleição como?".
O depoimento foi noticiado pela Folha ("Secretário de Mauá acusa Lula de cobrar propina de prefeitos", 25/5/2006).
Lula afinal ganhou a eleição de 2002. O prefeito Celso Daniel perdeu a vida meses antes, em crime cujo pano de fundo seria um esquema de desvio de recursos da prefeitura de Santo André para o caixa do PT. Entre os que respondem a processo pelo esquema de corrupção está Gilberto Carvalho, atual secretário-geral da Presidência da República de Dilma, antes secretário particular de Lula, na época secretário municipal de Santo André, acusado de levar dinheiro desviado da prefeitura para Dirceu.
O que mudou com a chegada ao poder em Brasília foi a escala das operações. O modo de operar veio pronto do berço político-sindical do PT em São Paulo.
Os esquemas dos aliados de Lula e de Dilma no Congresso empalidecem perto da máquina alojada no coração do maior partido do Brasil.
Eu não engulo que só assim se ganha eleição. Mas, se fosse, qual é a desculpa agora que eles ganharam três eleições presidenciais?
Onde foram parar os fins elevados com que justificavam os meios baixos? Socialismo? Transparência?
Esqueceram. A palavra de ordem agora é governabilidade. Não dá para tirar todos os picaretas dos ministérios se a presidente precisa deles no Congresso. Desculpa esfarrapada. Com uma agenda legislativa aguada, quem precisa dessa maioria toda no Congresso?
Ah, mas se o governo não contar com essa maioria qualificada -numericamente, quero dizer- a oposição pode aprontar!
O número mágico da governabilidade não seria 3/5 de deputados e senadores, para aprovar emendas constitucionais, mas 2/3, para impedir a instalação de CPIs.
Às vezes, parece que o governo precisa da maioria inchada para impedir que a oposição exponha os métodos usados pelo governo para cooptar essa maioria.
Há outra explicação, que para mim faz mais sentido: a principal função dos aliados é servir de rede de segurança e de cortina de fumaça para o aparelhamento da máquina federal pelo PT.
Até dá para entender que os aliados, nesse papel, exijam status de "nação mais favorecida". Por que aceitariam menos do que o governo dá ao sócio maior?
Para baixar as exigências dos aliados a níveis decorosos, Dilma teria que dar o exemplo e moderar o apetite dos companheiros do PT.
Começando pelo companheiro de todos os companheiros.
Não invejo a sorte dela.
EDUARDO GRAEFF, 61, é cientista político. Foi secretário-geral da Presidência da República (gestão Fernando Henrique Cardoso). Blog: www.eagora.org.br.
loading...
-
A Mafia, Em Todos Os Seus Estados, E Em Seu Estado Habitual: Mafioso - Jose Neumanne
Fantasma de Celso Daniel volta a assombrar a cúpula petista 3 Blog Do Orlando Tambosi / by Orlando Tambosi / 1 hour ago Em artigo publicado no Estadão, o jornalista José Nêumanne afirma que, "se não alterar o calendário eleitoral",...
-
Mafiosos Em Suas Negociacoes Mafiosas, Como Todas As Boas Quadrilhas Do Cinema...
Aparece prova dos R$ 6 milhões pagos por Marcos Valério ao empresário que chantageava Lula Políbtio Braga, 23/08/2014 Ao lado, os fantasmas que assombram Lula. O maior deles é o que menos aparece na foto. CLIQUE AQUI para ler acusação de...
-
Companheiros Preocupados (et Pour Cause...)
Se eu fosse da turma do Al Capone, também ficaria preocupado quando a "tchurma" dos Intocáveis resolvem usar menos revólveres e metralhadoras e mais a máquina de calcular para ver se, em vez de pegar os bandidos em crimes de sangue, passassem a indiciá-los...
-
No Pais Do "nunca Antes", Nao Vai Acontecer Nada...
Sabem o que vai acontecer com mais esta denúncia? Nada! Para que? Se nunca antes houve um governo como este... Paulo Roberto de Almeida MORTE DE EX-PREFEITOIrmão de Celso Daniel conta detalhes sobre crimeSegundo Bruno Daniel, Gilberto Carvalho...
-
Family Values: Viva A Familia E Os Lacos De Uniao E Solidariedade
Recebido via internet, e entendo que se trata, única e exclusivamente, de verdades factuais, não suscetíveis, portanto, de despertar a ira e comentários enraivecidos por parte dos patrulheiros habituais, dos blogueiros a soldo que costumam percorrer...
Diplomacia e Relações Internacionais