Diplomacia e Relações Internacionais
Ucrania e a diplomacia brasileira: ate tu G7? Mas, cade o G8?
Acho que o G8 não vai se reunir mais, ou pelo menos não este ano em Sochi, como estava previsto. Melhor voltar ao formato anterior de G7 e esquecer o que se passou nos últimos 15 anos...
Quanto ao BRICS, aposto como a próxima reunião vai ser desenxabida, talvez até patética, pois não vai poder tocar naquilo que supostamente seria uma das motivações do grupo: oferecer a sua visão, alternativa à dos arrogantes imperialistas e hegemônicos do G7, aos problemas de segurança, paz e estabilidade do mundo, junto com outras pequenas receitas, claro, como crescer, cooperar, limpar o planeta, melhorar a vida dos outros, enfim, essas coisas triviais para grandes potências e aspirantes a sê-lo...
Não ingerência nos assuntos internos de outros países chega a ser piada, quando se tem o registro do Paraguai, de Honduras, e de diversas outras aventuras por aí...
Paulo Roberto de Almeida
G-7 cobra posição firme do Brasil na crise ucraniana |
|
O Estado de S. Paulo, Sábado, 15 de Março de 2014 |
|
Os EUA e os demais países do G-7 vêm cobrando do Brasil uma posição mais dura em relação à crise na Ucrânia. Nos últimos dias, diplomatas das grandes potências têm procurado o Itamaraty em busca de uma condenação à Rússia e ao referendo da Crimeia, mas encontraram apenas evasivas. Eles questionam a ausência do País, que pretende ser um ator global, em uma das crises mais graves do período pós-Guerra Fria. "O silêncio e ausência brasileira é notável", disse ao Estado um diplomata de alto escalão. A cobrança é feita sobre dois princípios tradicionais da diplomacia brasileira: o respeito à integridade territorial e a não ingerência em outros países. A reputação de ser fiel aos preceitos da Organização das Nações Unidas está sendo questionada pelos diplomatas estrangeiros, além de haver críticas veladas ao fato de o País, que almeja um assento permanente no Conselho de Segurança, evitar se posicionar. A única nota emitida pelo governo brasileiro em um mês de agravamento da crise ucraniana foi em 19 de fevereiro, depois que confrontos entre manifestantes e policiais deixaram 82 mortos. O texto tem o tom típico da diplomacia brasileira: demonstra preocupação com o que chama de deterioração do quadro político e institucional, lamenta as mortes e pede diálogo entre as partes, além de dizer que a crise deve ser solucionada pelos próprios ucranianos, no que pode ser interpretado como uma crítica pouco explícita à interferência da Rússia. Desde então, tropas russas ocuparam a Crimeia e o Parlamento local decidiu que fará um referendo para decidir sobre a anexação à Rússia. Procurado, o Itamaraty deixou claro que a posição brasileira continua a mesma de três semanas atrás. Internamente, a avaliação é que a cobrança é feita porque o G-7 quer angariar apoio contra o referendo e a interferência russa, mas a diplomacia brasileira não pretende comprar essa briga contra um parceiro do Brics (Brasil, Rússia, Índia China e África do Sul), especialmente um mês antes de sediar uma nova reunião do grupo. Além disso, a diplomacia brasileira evita condenações diretas a Estados, porque considera que uma crítica pública dificulta negociações diplomáticas nos bastidores. |
|
loading...
-
Brasil No G20 E O Constrangimento Ucraniano - Caio Blinder
O Lava Jato ucraniano de Dilma Caio Blinder blog, 6/11/2014 às 12:56 Com Putin, Dilma não repete as palavras do primeiro-ministro canadense Harper Nenhuma surpresa na atitude ucraniana da presidente Dilma Rousseff. A agressão russa no país vizinho...
-
Politica Externa Brasileira: Critica Do Financial Times
FT: Política externa do Brasil o coloca nos bastidores do palco globalJornal inglês chama atenção para a incapacidade do país de contrariar parceiros autoritários Jornal do Brasil22/04 às 12h30 - Atualizada em 22/04 às 12h34O jornal inglês...
-
Terra Entrevista Marcos Troyjo: 'crimeia: "reintegracao E' Evento Mais Importante No Pos-urss"'
Crimeia: "reintegração é evento mais importante no pós-URSS"Mayara MoraesTerra, 19 de Março de 2014 Em entrevista ao Terra, o cientista político e prof. da Universidade de Columbia, Marcos Troyjo, explica que, embora a anexação seja importante...
-
Nota Lamentando Mortes Por Crise Politica: Mutatis, Mutandis
Transcrevendo, apenas. Mas se poderia fazer um pequeno ajuste no texto, trocando de país e de capital, não é mesmo? Nota19 de fevereiro de 2014 Situação na Ucrânia O Governo brasileiro acompanha com preocupação a deterioração do quadro...
-
Diplomacia Brasileira: Representacao Em Expansao
Na diplomacia, um empate entre Brasil e Alemanha O Globo, 20/10/2012 Número de diplomatas brasileiros cresce mais de 50% em uma década RIO e BRASÍLIA — O Brasil começa a ter estrutura diplomática de gente grande. Já conta com 228 postos...
Diplomacia e Relações Internacionais