Diplomacia e Relações Internacionais
Politica economica: a distribuicao de renda as avessas dos companheiros, dando dinheiro para os ricos...
Os companheiros dizem querer fazer justiça social. Fazem, só que ao contrário. Dão umas migalhas para os pobres, não para tirá-los da pobreza, mas para fazer um curral eleitoral e deixá-los eternamente dependentes de sua demagogia. E dão um bolão de dinheiro para quem já é rico, como os industriais, por exemplo.
Só a Bolsa BNDES consome muito mais do que dão para os pobres.
É que eles estão construindo um novo tipo de capitalismo, entenderam?
Um que faz com que os capitalistas fiquem manietados numa rede de compromissos de toma lá, dá cá -- e na verdade, para cada toma lá para os ricos e os pobrezinhos, tem um bocado de dá cá para o próprio Estado, que recolhe muito mais com a mão escondida, o que aparentemente concede com a mão ostensiva -- e apenas serve para mantê-los no poder, com seu jogo sujo de barganhas não explícitas.
Isso por uma parte. Por outra parte, eles não querem matar o ganso -- ou a gansa -- dos ovos de ouro, por isso não são tão estúpidos quanto seus amigos bolivarianos, ao estatizar tudo e expropriar todos os capitalistas. Eles precisam dos capitalista, do contrário como é que eles iriam enriquecer e viver bem, consumindo um pouco de tudo, e até fazendo uma poupança externa.
Por isso eu acho essa Bolsa BNDES um escândalo. Extinguiria tudo isso, e privatizaria todos os bancos estatais, todas as companhias estatais, até as penitenciárias...
Paulo Roberto de Almeida
Custo dos subsídios do Tesouro ao BNDES chega a R$ 23 bilhões este ano
O Estado de S. Paulo, 12/09/2014
Número se refere à diferença entre o custo de captação dos recursos emprestados ao banco de fomento e o que é pago de volta; em 2013, volume foi de R$ 10,6 bilhões
O governo calculou em cerca de R$ 23 bilhões o custo do subsídio concedido pelo Tesouro Nacional nos empréstimos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2014, segundo apurou o ‘Broadcast’, serviço em tempo real da ‘Agência Estado’. O valor é mais do que o dobro do subsídio de R$ 10,6 bilhões verificado no ano passado.
O custo elevado desses subsídios aumenta a dívida pública brasileira e tem sido alvo dos críticos da política econômica do governo Dilma Rousseff de garantir recursos ao banco de desenvolvimento para financiar os empréstimos às empresas com taxas mais baratas. Essa política também vem sendo contestada pelas agências internacionais de classificação de risco.
Os empréstimos ao BNDES contêm um subsídio chamado de “implícito”, representado pela diferença entre o custo de captação do Tesouro ao se financiar, vendendo seus títulos ao mercado, e a remuneração que recebe do BNDES pelo aporte dos recursos. Os empréstimos foram repassados ao banco por meio de títulos públicos.
A estimativa inicial era de que o subsídio ficaria em torno de R$ 15,6 bilhões em 2014. A projeção aumentou por causa do impacto da alta da taxa Selic. A elevação dos juros básicos para 11% tem impacto no subsídio porque fica mais caro para o Tesouro se financiar no mercado. O BNDES pagará os empréstimos feitos pelo Tesouro com correção pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), hoje na casa dos 5% ao ano.
Procurado, o Tesouro não comentou o assunto.
Oposição- De acordo com uma fonte do Ministério da Fazenda, que falou sob a condição de anonimato, o valor do subsídio será encaminhado nos próximos dias ao Congresso Nacional como informação complementar à proposta de Orçamento de 2015 elaborada pelo Executivo.
Há uma preocupação na área econômica de que o custo mais alto do que o previsto inicialmente possa ser usado na campanha eleitoral pelos candidatos de oposição à presidente Dilma Rousseff.
O primeiro grande empréstimo do Tesouro ao BNDES, de R$ 100 bilhões, foi concedido em 2009, como resposta à crise financeira internacional que abateu a economia brasileira. O objetivo do empréstimo era alavancar os investimentos e o crescimento da economia. De lá para cá, o governo já repassou R$ 400 bilhões de empréstimos ao banco.
O último empréstimo, no valor de R$ 30 bilhões, foi repassado em junho deste ano. O reforço no caixa do banco, que não causa impacto diretamente sobre o superávit primário das contas públicas, acabou sendo usado, nos últimos anos, em triangulações financeiras feitas pelo Tesouro para reforçar as receitas do governo e garantir o cumprimento da meta fiscal. Por causa da reação negativa do mercado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeu no ano passado reduzir os aportes ao BNDES.
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