Diplomacia e Relações Internacionais
Mercosul se solidariza com o governo venezuelano; pois e'...
Sem comentários. Mas precisa?
Talvez um: o Brasil foi levado a associar-se a um documento que nunca redigiu...
Paulo Roberto de Almeida
Após protestos, Mercosul manifesta apoio total a Maduro
17/02/2014
Bloco acusa oposição de ‘tentativas de desestabilizar ordem democrática’
Mujica adiantou que irá se encontrar com presidente venezuelano e Michelle Bachelet
CARACAS — Após mais de uma semana de protestos violentos na Venezuela, que acabaram com a morte de três estudantes, os países que integram o Mercosul emitiram um comunicado nesta segunda-feira expressando seu apoio total ao governo de Nicolás Maduro diante “dos recentes atos de violência” e das “tentativas de desestabilizar a ordem democrática” no país. A nota não menciona o dirigente opositor Leopoldo López, alvo de uma caçada policial depois que foi acusado de incitar a violência.
“Rejeitamos as ações criminosas de grupos violentos que querem disseminar a intolerância e o ódio na República Bolivariana da Venezuela, como instrumento de luta política. Os estados-membros instam às partes a continuar aprofundando o diálogo sobre as questões nacionais no marco da institucionalidade democrática e no estado de direito, tal e como foi promovido pelo presidente Nicolás Maduro Moros nas últimas semanas”.
Mais cedo, o presidente uruguaio, José Mujica, adiantou que irá se encontrar com Maduro e a presidente chilena, Michelle Bachelet. Depois, o venezuelano deve passar pela Argentina e Uruguai e Brasil.
- As notícias que chegam da Venezuela não são nada gratas. Esperamos que os ânimos estejam mais racionalizados (...). Há um forte problema de contrabando que explora a diferença cambial e isso cria um problema muito complicado, de origem econômica, que provoca certas dificuldades de abastecimento em uma sociedade que consome muito. Tudo isto está transtornando a sociedade venezuelana.
Durante quase duas semanas, milhares de estudantes de todo o país têm protestado nas ruas contra a insegurança, a inflação, a falta de produtos básicos e a detenção de estudantes. Mas desde quarta-feira, os protestos ficaram mais violentos. No domingo à noite, grupos de manifestantes atacaram com pedras a sede do canal de televisão estatal VTV, de acordo com o presidente Nicolás Maduro. O governo venezuelano afirma que as manifestações são parte de um “golpe de estado fascista em marcha" e acusa grupos de ultradireita.
Também no domingo, uma nova crise entre Venezuela e Estados Unidos explodiu depois que Maduro ordenou a expulsão de três funcionários consulares não identificados, acusados de participação em reuniões com universitários, ao mesmo tempo que prosseguem os protestos de estudantes.
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Addendum (a origem da declaracão do "Mercosul"):
Mercosur emite mensaje a favor de Nicolás Maduro
ABC Color (Paraguai), 17/02/2014
La Cancillería venezolana, denominada “Ministerio del Poder Popular para Relaciones Exteriores” (MPPRE), divulgó ayer un comunicado cuyo título dice “Mercosur repudia actos de violencia e intolerancia” en ese país, donde miles de ciudadanos protestan contra el gobierno de Nicolás Maduro.
El escrito, que aparece en el portal de la página web del citado ministerio, no lleva firma alguna de ningún funcionario. Venezuela actualmente tiene la presidencia pro témpore del Mercosur, por lo que el comunicado habría sido elaborado por la Cancillería de ese país o el mismo presidente Maduro, cuya renuncia piden millares de ciudadanos, especialmente estudiantes y opositores, a través de protestas callejeras que desencadenaron violentos enfrentamientos, represión y muertes.
Al inicio, el documento dice: “Los Estados Partes del MERCOSUR, ante los recientes actos violentos en la hermana República Bolivariana de Venezuela y los intentos de desestabilizar el orden democrático:
Repudian todo tipo de violencia e intolerancia que busquen atentar contra la democracia y sus instituciones, cualquiera fuese su origen”.
El texto agrega que los Estados del bloque regional, “reiteran su firme compromiso con la plena vigencia de las instituciones democráticas y, en este marco, rechazan las acciones criminales de los grupos violentos que quieren diseminar la intolerancia y el odio en la República Bolivariana de Venezuela como instrumento de lucha política”.
Defensa a Maduro
Asimismo, el comunicado refiere que –los Estados parte– “expresan su más firme rechazo a las amenazas de ruptura del orden democrático legítimamente constituido por el voto popular y reiteran su firme posición en la defensa y preservación de la institucionalidad democrática, acorde al Protocolo de Ushuaia sobre compromiso democrático en el Mercosur de 1998”.
El escrito de la Cancillería expresa que los socios del Mercosur “instan a las partes a continuar profundizando el diálogo sobre los problemas nacionales, en el marco de la institucionalidad democrática y el estado de derecho, tal y como ha sido promovido por el presidente Nicolás Maduro Moros en las últimas semanas, con todos los sectores de la sociedad incluyendo parlamentarios, alcaldes y gobernadores de todos los partidos políticos representados”. Finalmente, expresan sus condolencias a familiares de las víctimas fatales.
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