Diplomacia e Relações Internacionais
MEC patrocina o atraso educacional (e 93pc dos municipios o seguem...)
Arre! Cáspite! Pelas barbas do profeta!, como se diria nos tempos de Monteiro Lobato.
O MEC quer atrasar a vida das crianças, quer atrasar o Brasil e as saúvas freireanas concordam com isso?
Cáspite três vezes!
O MEC é uma cavalgadura, isso já sabemos. Só não sabíamos que tinha tanta gente assim com as mesmas propostas atrasadas.
Desse jeito nunca vamos avançar: querem sancionar o atraso educacional.
Quem aceita que as crianças sejam alfabetizadas só com 8 (OITO) anos, também aceita que elas cheguem aos 10 (DEZ) anos sem saber ler e escrever direito, pois é isso que vai ocorrer.
Criança deve começar a ler desde o jardim da infância, brincando com letras e aprendendo a escrever alguns garranchos que deveriam ser letras. Distribuindo livros desde que eles tenham feito 4 (QUATRO) anos asseguraria que elas chegassem aos seis anos conhecendo os rudimentos da palavra escrita, e que aos 7 (SETE) estivessem plenamente alfabetizadas, e isso eu já acho tremendamente tarde, pois considero que qualquer criança é capaz de ler aos 6 (SEIS) anos.
O título da matéria deveria ser:
A idade errada da alfabetização na visão de atrasados Paulo Roberto de Almeida
A idade certa da alfabetização na visão de especialistasEdna Ferreira
Jornal da Ciência, 13/03/2013
A proposta do MEC de alfabetizar as crianças até os 8 anos de idade teve a adesão de 93,2% dos municípios brasileiros
Qual a idade ideal para uma criança já saber ler e escrever? O Ministério da Educação lançou no final do ano passado, e implantou no nesse ano letivo de 2013, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa - Pnaic, que estabelece que todos devem estar alfabetizados ao fim do 3º ano do ensino fundamental, aos 8 anos de idade. No país, 5.182 municípios dos 26 estados mais o Distrito Federal concluíram o processo de adesão ao pacto, o que representa 93,2% dos municípios. Todos receberam material didático e cursos de formação docente.
Para Miriam Lemle, professora titular emérita do Departamento de Linguística da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) afirmar que aos oito anos uma criança deve saber ler é correto. "É uma expectativa normal que uma criança normal em uma escola normal esteja lendo com fluência, ao fim do terceiro ano", afirma.
O que causa estranheza para a professora é o formato corretivo da medida. "A noção de pacto traz para o contexto uma ideia de corretivo, como se algum dos participantes no empreendimento estivesse descumprindo o papel que se espera dele e estivesse havendo alguma reprimenda implícita. O estranho é a necessidade de um pacto corretivo! Quem vem errando, anos a fio, Brasil afora? Fico curiosa de saber quem está puxando a orelha de quem e por que razão", indaga.
O coordenador do Centro de Memória da PUC do Rio Grande do Sul, o neurocientista Iván Izquierdo, afirma que do ponto de vista da neurociência, provavelmente com 5 ou 6 anos de idade a criança já tem condições de dominar e usar a linguagem. "É nessa idade que se começa a alfabetização na maioria dos países ocidentais, porém isso varia de criança para criança", pondera. Ele espera que o pacto respeite os diferentes ritmos de desenvolvimento das crianças.
Para Izquierdo, o problema está se a criança não for alfabetizada até os 8 anos. Com isso, ela poderá perder 2 ou 3 anos de sua vida sem entender plenamente o mundo em sua volta. "Nesse mundo há muitas coisas escritas importantes, entre elas 'proibido atravessar os trilhos', por exemplo. Daí, aos 8 anos é mais do que conveniente estar alfabetizado", concluiu.
Investimento de R$ 3,3 biEm dois anos, o pacto receberá investimento de R$ 3,3 bilhões. Como forma de incentivar a participação dos professores no Pnaic, o MEC oferece bolsas de R$ 200 mensais para o alfabetizador; R$ 765 para o orientador de estudo; R$ 765 para o coordenador das ações do pacto nos estados, Distrito Federal e municípios; R$ 1.100 para o formador da instituição de ensino superior; R$ 1.200 para o supervisor da instituição de ensino superior; R$ 1.400 para o coordenador adjunto da instituição de ensino superior; e R$ 2.000 para o coordenador-geral da instituição de ensino superior.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que entre 2000 e 2010, a taxa de analfabetismo no Brasil, até os 8 anos de idade, caiu 28,2%, com variações entre os estados da federação, e alcançou, na média nacional, uma taxa de alfabetização de 84,8% das crianças. Entre as regiões, existe uma diferença na taxa de analfabetismo, a maior está no Nordeste, 25,4%, seguido do Norte, 27,3%, Centro-Oeste, 9%, Sudeste, 7,8% e Sul, 5,6%. O estado com a maior taxa de analfabetismo é Alagoas, 35%, e o com a menor é o Paraná, com 4,9%.
Esta matéria está na página 4 do Jornal da Ciência, disponível em PDF para download desde sexta-feira, dia 8 de março pelo endereço http://www.jornaldaciencia.org.br/impresso/JC732.pdf
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