O Itamaraty decidiu prorrogar por dois meses o prazo para a defesa do ex-cônsul do Brasil em Sydney (Austrália) Américo Fontenelle e do ex-cônsul adjunto Cesar Cidade, acusados de assédio moral e sexual a funcionários. O Processo Administrativo Disciplinar foi aberto em maio, mesmo mês em que Fontenelle e Cidade pediram afastamento dos cargos.
Fontenelle e Cidade são acusados por 14 servidores locais de gritarem, falarem palavrões e humilharem subordinados continuamente. Quando foi cônsul em Toronto, entre 2007 e 2009, Fontenelle também foi denunciado por funcionários. Ele foi investigado, mas o processo foi encerrado com a conclusão de que não havia provas suficientes. Em maio, o ex-cônsul afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que não se pronunciaria sobre o caso, mas afirmou que as denúncias não tinham "fundamento em verdade". Cesar Cidade também negou as acusações.
O processo de investigação interna tem prazo de 60 dias, mas podia ser prorrogado por mais 60. A corregedoria designada para apurar as denúncias informou o ministério sobre a prorrogação no dia 1º de julho e agora tem até setembro para concluir os trabalhos. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, os embaixadores não deram detalhes sobre a decisão.
O processo disciplinar pode levar a uma suspensão, advertência ou até a expulsão dos diplomatas.