Ele explica que os números das pesquisas recém divulgadas são muito próximos e sinalizam para uma eleição muito apertada. É verdade que, na margem, as intenções de voto na presidente Dilma cresceram. Mas não dá para falar absolutamente nada além disso em uma eleição tão competiria como esta. Segue a análise.
“…. os números tanto IBOPE quanto Datafolha não podem ser levados ao pé da letra. Tenho analisado a amostra de ambas pesquisas, nos dois casos encontrei uma amostra com muito mais pobres do que no mundo real. A diferença é inexplicável.
Na PNAD são 26% das pessoas em idade de votar que pertencem a famílias com mais de 5 salários mínimos de renda. Em uma das pesquisas essa fração é de apenas 12 por cento. Uma discrepância similar ocorre com o sinal trocado entre as famílias pobres. Corrigindo por esse erro, até 3 por cento dos votos saem da coluna do PT para a coluna do Aécio (o que empataria a pesquisa do Datafolha e cortaria a vantagem do PT no IBOPE para 2pp).
Existem outros fatores que favorecem Aécio e tornam a eleição mais apertada e competitiva. Tanto Datafolha quanto IBOPE não controlam para o efeito da abstenção, que é historicamente correlacionada com IDH (municipios mais pobres tendem a ter maior abstinência, nulos e brancos). Mais que isso, o aumento na abstinência no segundo turno tende a ser correlacionado com o IDH. Esse efeito não é grande, mas em uma eleição apertada pode fazer a diferença….”
Existem outros fatores que favorecem Aécio e tornam a eleição mais apertada e competitiva. Tanto Datafolha quanto IBOPE não controlam para o efeito da abstenção, que é historicamente correlacionada com IDH (municipios mais pobres tendem a ter maior abstinência, nulos e brancos). Mais que isso, o aumento na abstinência no segundo turno tende a ser correlacionado com o IDH. Esse efeito não é grande, mas em uma eleição apertada pode fazer a diferença….”
[Nota PRA: o economista quis dizer abstenção, e não abstinência, que costuma estar ligada a abstinência de alimentos ou de sexo...]
Bos sorte a todos no domingo e vamos ajudar o próximo presidente eleito, seja o Senador Aécio Neves ou a atual presidente Dilma Rouseff, a cumprir com suas promessas de campanha.
No caso do senador Aécio, acho que ficou claro que será necessário um ajuste corretivo na economia brasileira. No caso da presidente candidata Dilma, a sua campanha negou a necessidade de um ajuste pós eleições, mas uma das primeiras medidas do seu governo, independente do resultado das urnas, será comunicar para o mercado que a meta do resultado primário para este ano de 1,9% do PIB não será cumprida.
Adicionalmente, se a presidente for reeleita, não e claro como a sua promessa de campanha de manutenção e ampliação dos subsídios do BNDES e de outros bancos públicos será cumprida. De onde vem o dinheiro eu não sei.
Boo final de semana a todos, boa votação e vamos torcer para que o próximo presidente consiga avançar nas reformas estruturais e no ajuste macroeconômico que precisamos para retomarmos o crescimento econômico com progresso social. Não é normal uma economia com a brasileira crescer apenas 1,6% ao ano (média do governo Dilma). Podemos mais!!!