Diplomacia e Relações Internacionais
Economistas doidos, com samba ou sem samba... - um complemento do Instituto Von Mises Brasil
Recebi, do Eduardo Rodrigues, do Rio, um complemento a este meu post:
O samba do economista doido - Luiz Carlos Mendonça de BarrosSÁBADO, 15 DE JANEIRO DE 2011
Posto diretamente aqui e recomendo seguimento deste blog:
Keynesiano confessa: "Era pra ter funcionado! Não tô entendendo o que se passa..."por Leandro Roque
Instituto Ludwig Von Mises Brasil, quinta-feira, 18 de agosto de 2011
(
ver no link do post)
Agradeço ao leitor Maurício Gonçalves pela dica deste precioso vídeo. O keynesiano Luiz Carlos Mendonça de Barros, no programa Entre Aspas, da Globo News, após começar com aquele discurso de praxe contra a necessidade de se cortar gastos na economia americana, acaba fazendo as seguintes confissões:
Aos 12:50 minutos:
Acho Krugman um sujeito inteligente, muito preparado, mas eu.... que bebo na mesma água que ele, keynesiana, esse negócio todo.... eu estou meio depressivo porque era pra funcionar! Tudo que o Banco Central fez, tudo o que o Obama fez ... [era pra ter funcionado]...
Aos 13:53 minutos, fazendo carinha de cachorrinho pidão:
Mas eu acho que [a estagnação americana] não explica a falência do modelo keynesiano... Eu acho é que ... o que tem é que... junto disso, você tem um colapso do sistema bancário americano e no mundo todo.
Exato, Mendonção. Tal colapso é uma consequência inevitável do atual arranjo monetário, preconizado por Keynes e também pela Escola de Chicago:
1) Bancos Centrais manipulando os juros por meio da irrestrita impressão de dinheiro de papel sem nenhum lastro, e obrigando — por meio do governo — as pessoas a utilizarem esse dinheiro.
2) Bancos Centrais cartelizando todo o sistema bancário de reservas fracionárias, protegendo-o contra qualquer tipo de concorrência monetária, e permitindo que eles expandam ainda mais a quantidade de dinheiro que os bancos centrais criaram, distorcendo ainda mais as taxas de juros.
Nesse atual arranjo monetário em que o mundo vive, o aumento do crédito na economia não mais se dá de acordo com aquilo que as pessoas poupam (deixam de consumir), mas sim de acordo com as políticas dos bancos centrais e de acordo com a propensão do sistema bancário em criar empréstimos por meio de suas reservas fracionárias. Essa contínua manipulação da oferta monetária — feita tanto pelos bancos centrais como pelo sistema bancário — altera toda a realidade das taxas de juros, as quais deixam de sinalizar se há escassez ou abundância de recursos, e passam apenas a estimular o endividamento excessivo. Os investimentos passam a ser financiados não pela poupança, mas pela simples impressão de dinheiro — como se um simples aumento na quantidade de dinheiro magicamente fizesse com que houvesse maior abundância de bens disponíveis.
Um sistema bancário que pratica reservas fracionárias é naturalmente insolvente, bastando apenas alguns calotes (como ocorreu nos EUA e está ocorrendo na Europa) para tornar explícita essa sua inerente debilidade — alguns calotes fazem com que todo o sistema bancário mundial fique em pânico. (Se um grande supermercado quebrar lá em Taiwan, será que toda a rede mundial de supermercados também virá abaixo e o mundo ficará sem comida?)
Uma vez que essa insolvência se torna explícita e o pânico toma conta dos mercados financeiros, governos e bancos centrais implementam sucessivas rodadas de pacotes de socorro para proteger esse setor privilegiado, jogando a fatura para os cidadãos comuns.
Mas você não vai ver Keynes explicando isso. Daí o espanto de Mendonça.
Finalmente, aos 14:40 minutos, ele confessa o fracasso intelectual dessa doutrina nefasta que vem destruindo as economias mundiais:
Eu particularmente nunca tive tão humilde na minha profissão como eu tô hoje. Eu não tô entendendo o que tá acontecendo...
Dica ao Mendonção: o senhor não está entendendo o que está acontecendo simplesmente porque desperdiçou sua vida lendo panfletos ideológicos, e não ciência econômica verdadeira. Passou a vida estudando aquilo que governantes gostam de ouvir, e não aquilo que eles realmente deveriam fazer. Caso tivesse se livrado de suas ideologias de juventude, poderia estar vendo o mundo com mais clareza hoje, e não estaria tão perdido assim.
O problema é que a evidência raramente consegue mudar a mentalidade de um indivíduo contaminado pela ideologia. Na melhor das hipóteses, a evidência serve apenas para validar a sua crença. Eu, por exemplo, deixei de ser keynesiano (ei, eu também já fui adolescente!) e passei a seguir os preceitos da Escola Austríaca de economia não porque quisesse me juntar a alguma corrente, mas simplesmente porque eu não estava viciado em nenhuma ideologia; eu não tinha um pacote de crenças pré-concebidas que eu deveria defender árdua e cegamente, por mais que as evidências me contrariassem. Eu simplesmente queria descobrir a verdade.
É perfeitamente possível entender essa fé cega que determinadas pessoas têm no keynesianismo. Se você investiu toda a sua vida e toda a sua carreira acadêmica ou profissional defendendo teorias keynesianas, ou se a sua fé no estado é aquilo que dá sentido à sua vida, divorciar-se da economia keynesiana seria um choque e tanto. Dependendo da idade do sujeito, o estrago pode ser irreparável (mais ou menos como a onda de suicídios que acometeu os comunistas românticos e bem intencionados quando eles souberam das chacinas promovidas por Stalin).
Se você quiser realmente aprender a verdade, entender como as coisas de fato funcionam (e isso vale para absolutamente qualquer área), seu estado de espírito não pode estar viciado; você não pode se deixar contaminar por nenhum "pré-conceito". Tenha sempre a mente aberta, não se deixe contaminar por vícios de juventude, não se prenda a ideologias e utilize sempre a razão.
Acima de tudo, siga sempre este princípio: para realmente descobrir a verdade, você tem de ter um estado de espírito que não se deixa afetar pelas consequências de suas novas descobertas. Não se permita um estado de espírito que provoque estragos em sua vida dependendo de suas novas conclusões.
Aparentemente, é esse conflito interno que vem afetando Mendonção.
Leandro Roque é o editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.
loading...
-
"presidency For Dummies", Or "the Idiot's Guide To..." The Same Thing...
Vale um desses livrinhos amarelos, ou um daqueles manuais ilustrados, fáceis de compreender e de repetir, passo a passo. Depois, misture tudo, leve ao forno, e deixe queimar... Sirva para todos, enquanto sobrar Bolsa Bolo, e faça uma estatística dizendo...
-
Economia Brasileira: Devagar, Quase Parando - Leandro Roque
Economia brasileira: um resumo de final de ano Leandro Roque Instituto Mises Brasil, 21/12/201 http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1489 O frenesi intervencionista O ano de 2012 certamente já tem seu lugar garantido na história econômica...
-
Bancos Centrais A Servico De Governos: Missao Impossivel
Não só o BC do Brasil, o FED também. Os Bancos Centrais, quase em todas as partes, se converteram em instrumentos dóceis dos governos, indo além de seus mandatos tradicionais para adentrar em políticas de estímulo keynesiano, inundando os mercados...
-
O Comeco Do Fim Do Estado Assistencialista - Gary North
Um leitor, Eduardo Rodrigues, do Rio de Janeiro, fez um curto, incisivo, objetivo e perfeito comentário a este outro post neste blog, este aqui: A falencia do Estado (supostamente) de bem-estar - Ubiratan Iorio Desafio qualquer ser vivente neste "nosso...
-
Desmantelando O Keynesianismo - Gary North
Quatro imagens contra o keynesianismo Gary North Artigos - Economia Instituto Von Mises Brasil, 04 Agosto 2010 Gary North ensina como reduzir a pó os sofismas do keynesianismo, a teoria econômica idolatrada pelos sociais-democratas, nazistas e socialistas,...
Diplomacia e Relações Internacionais