Foi realizada hoje a abertura dos Diálogos sobre Política Externa, iniciativa com o objetivo de promover o debate sobre a política externa brasileira e aprofundar a interlocução do Itamaraty com a sociedade.
Para aprofundar o diálogo entre governo e sociedade sobre o papel do Brasil no mundo, o Ministério das Relações Exteriores organizará, entre os dias 26 de fevereiro e 2 de abril, no Palácio Itamaraty, em Brasília, série de debates sobre a política externa brasileira intitulados "Diálogos sobre Política Externa".
Os eventos contarão com a participação de jornalistas, parlamentares, acadêmicos, empresários, sindicalistas e representantes de movimentos sociais.
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Participaram da sessão de abertura:
Ministro de Estado da Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Senador Jorge Viana, 1º Vice-Presidente do Senado Senador Ricardo Ferraço, Presidente da Comissão da Relações Exteriores e Defesa Nacional Deputado Nelson Pellegrino, Presidente da CREDN da Câmara dos Deputados Deputado Eduardo Barbosa, Presidente Designado da CREDN Assessor Especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia Secretário-Geral do MRE, Embaixador Eduardo dos Santos =========
Noticias do dia 27/02/2014:
Valor Econômico - Governo faz debate para produzir 'livro branco' da política externa
Por Fernando Exman | De Brasília
Em meio à tentativa do Itamaraty de construir um documento para definir as diretrizes da diplomacia brasileira como política de Estado, o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, defendeu ontem uma "articulação" entre os princípios gerais e históricos que norteiam a área e análises conjunturais fundamentadas em aspectos ideológicos. As declarações foram feitas durante a abertura de uma série de debates que o Itamaraty realizará para subsidiar a produção de um Livro Branco da Política Externa.
Os "Diálogos sobre Política Externa" serão concluídos no dia 2 de abril, e a ideia do Itamaraty é divulgar o Livro Branco em maio. Segundo o chanceler Luiz Alberto Figueiredo, o documento conterá os princípios, prioridades e linhas de ação da pasta.
"Ideologia é mau? Não. Todos nós temos ideologias. Têm mais ideologia aqueles que dizem que são contra ideologias", discursou Garcia na abertura do evento, num momento de pré-campanha eleitoral em que setores da oposição têm aumentado as críticas de que as decisões da chancelaria brasileira são baseadas em questões ideológicas. "Temos que entender que numa sociedade democrática é de extrema importância que haja esse confronto de ideologias, esse choque de ideologias, e, a partir de regras estabelecidas pelo estado democrático de direito, que possam sair concretamente as normas que vão orientar seja a política econômica, de defesa ou a política externa brasileira."
Para o assessor da Presidência, a perspectiva alternativa é "conservadora e imobilista, que pode, em alguns países do mundo e felizmente não aqui [Brasil], até assumir uma dimensão totalitária". Ou seja, impossibilitar a alteração de princípios pré-determinados. Já o ministro das Relações Exteriores defendeu que a política externa deve ser vista como "parte integral" do projeto de desenvolvimento do Brasil. "Não tenho dúvida que a política externa brasileira tem que cada vez mais ser debatida e compreendida", afirmou.
Os debates contarão com a participação da sociedade civil. Os temas incluídos no programa são, por exemplo, integração regional, governança global, políticas para os brasileiros no exterior, cooperação, comércio, mudanças climáticas, a geopolítica da energia e a articulação do Brasil com os demais países de Brics e Ibas.
Jornal do Commercio – Itamaraty promove Diálogos sobre a Política Externa até o dia 2
Entre os temas em debate estão relações bi e multilaterais do Brasil com diversos países, paz e segurança, meio ambiente, mudança do clima e outros
O Itamaraty iniciou nesta quarta-feira (26) uma série de debates sobre política externa com o objetivo de balizar a elaboração do Livro Branco da Política Externa Brasileira. O documento reunirá informações sobre princípios, temas e objetivos da atuação do Ministério das Relações Exteriores. Ao longo do próximo mês, serão promovidos encontros no ministério sobre os principais temas da agenda internacional brasileira, com a participação de representantes do Executivo, do Legislativo, do Judiciário, acadêmicos e membros da sociedade civil.
Entre os temas em debate estão relações bi e multilaterais do Brasil com diversos países, paz e segurança, meio ambiente, mudança do clima, educação, cultura, energia, ciência e tecnologia e questões de brasileiros no exterior. Os Diálogos sobre a Política Externa ocorrem até o dia 2 de abril.
"Esperamos que esses diálogos promovam o debate entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário sobre política externa. Atualmente, a política externa chama a atenção interna do país, que está em crescimento. Essa política nas democracias modernas não se restringe ao plano internacional", disse o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo.
De acordo com ele, os debates pretendem discutir o lugar do Brasil no mundo e como a nova geografia política e econômica global desconcentrou o poder e conferiu mais peso aos países emergentes. Para o ministro, há novos temas na agenda internacional que têm de ser tratados – como o desenvolvimento, a fome, a privacidade e a governança na internet. "São desafios que demandam o aperfeiçoamento de regras", informou.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), enumerou diversas questões que, para ele, têm de ser equacionadas até o final dos diálogos promovidos pelo Itamaraty. Entre eles, o balanço sobre os resultados da atuação do Itamaraty, os rumos do ministério neste período pós-política externa do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as reais possibilidades de uma reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) que contemple o Brasil, o reforço da atuação brasileira em questões de paz e segurança e as estratégias de atuação global em novas estruturas de poder (G20, Brics, Mercosul).
"Hoje, se impõe que o Itamaraty seja uma caixa de ressonância dos multifacetados interesses do Brasil. A política externa é um instrumento do interesse nacional", explicou o senador.
Para o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, a política externa como política pública tem de estabelecer uma relação entre fatores internos e externos.
"Essa dialética esteve presente, por exemplo, na gestão do ex-ministro Celso Amorim (ex-ministro das Relações Exteriores e atual ministro da Defesa), quando, em seu discurso de posse, falou da necessidade de o Brasil transformar-se social e economicamente. Com esses passivos, dificilmente o Brasil poderia ter a inserção (internacional) que teve", informou Garcia.
Participaram da abertura dos debates nesta quarta-feira (26) os ex e atual presidentes da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, os deputados Nelson Pellegrino (PT-BA) e Eduardo Barbosa (PSBD-MG), diplomatas brasileiros e estrangeiros e acadêmicos.
Agência de Notícias Brasil Árabe - Itamaraty promove debates sobre política externa
Série 'Diálogos sobre Política Externa' começou nesta quarta-feira e segue até 02 de abril. Objetivo é discutir prioridades da diplomacia brasileira. Oriente Médio será um dos temas.
Aurea Santos
São Paulo – O Ministério das Relações Exteriores do Brasil deu início nesta quarta-feira (26) à série de debates Diálogos sobre Política Externa. O objetivo, segundo o Itamaraty, é contribuir na elaboração de um “livro branco” dos princípios, prioridades e linhas de ação da política externa brasileira, além de estimular o debate público sobre o trabalho da pasta.
O ministro Luiz Alberto Figueiredo Machado participou esta manhã da sessão de abertura dos encontros no Palácio Itamaraty, em Brasília.
Os debates serão abertos somente a convidados e entre os participantes estão acadêmicos, sindicalistas, representantes de movimentos sociais, jornalistas e parlamentares. De acordo com o ministério, cada sessão terá um tema diferente sobre o qual os representantes da sociedade civil darão o seu posicionamento.
O Itamaraty informa que a iniciativa surgiu como resultado da percepção do chanceler Machado de um aumento crescente do interesse da sociedade por assuntos de política externa. Entre os temas em pauta está o Oriente Médio, cuja sessão deve acontecer em meados de março, mas ainda sem data estipulada.
Outros assuntos que farão parte dos diálogos são o comércio, comunidades brasileiras no exterior, ciência, tecnologia, as relações do Brasil com países desenvolvidos, energia, África, América do Sul e a integração regional, governança internacional, mudança do clima, desenvolvimento sustentável, Ásia, Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, China e África do Sul) e Ibas (bloco que inclui Brasil, Índia e África do Sul).
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