Diplomacia e Relações Internacionais
A falencia moral da Nacao -Editorial Estadao
Apenas uma pequena parte de um quadro de podridao que dever ser muito maior.
Paulo R. Almeida
A amplitude da corrupcaoEditorial OEstado de S.Paulo, 30/12/2012
Os números constantes de levantamento feito pela Polícia Federal (PF) sobre as suas investigações de desvios de recursos e corrupção em prefeituras de todo o País são impressionantes. Embora se refiram a inquéritos ainda em curso, eles dão uma ideia da amplitude das suspeitas - baseadas em indícios fortes o suficiente para mobilizar a Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor), da PF - que pairam sobre um setor da maior importância da administração pública, o dos governos municipais. São 3.167 inquéritos que envolvem 484 prefeitos e ex-prefeitos, suspeitos de violarem dispositivos do Decreto Lei 201/67. Estão também sendo investigados 182 servidores, 87 secretários municipais e 63 funcionários que ocupam cargos em comissão.
Aquele decreto lei caracteriza os ilícitos cometidos por prefeitos e vereadores e prevê 23 casos capazes de provocar sérios danos ao erário. Por exemplo, apropriação de bens ou rendas públicas, desvios de recursos em benefício próprio ou alheio, deixar de prestar contas anualmente, efetuar despesas não autorizadas por lei e fraudes em licitações. As penas para esses delitos vão de 2 a 12 anos de prisão.
O Maranhão concentra o maior número de inquéritos (644), seguido pela Bahia (490), Ceará (296), Piauí (285), Pará (196) e Pernambuco (194). Isto se explica, segundo o delegado Oslain Campos de Santana, chefe do Dicor, pelo fato de esses Estados, serem mais carentes e por isso receberem mais recursos da União, o que aumenta as oportunidades de fraudes. "São elevadíssimos os recursos que a União repassa para os municípios, principalmente através de convênios na áreas de educação e saúde", lembra ele. Em São Paulo e Rio foram abertos, respectivamente, 96 e 83 inquéritos.
Tanto para ter uma ideia mais precisa da situação quanto para que as investigações possam produzir resultados concretos - isto é, fornecer ao Ministério Público e à Justiça os elementos necessários para eventuais denúncias e punições -, é preciso aguardar a conclusão dos inquéritos. O que, se for seguido à risca a legislação que regula a matéria - o que infelizmente nem sempre é o caso -, deve acontecer em breve. Os inquéritos policiais devem ser concluídos no prazo de 30 dias. Podem ser renovados por mais 30 dias pela Justiça, desde que por motivo relevante, devidamente exposto pela autoridade policial.
Em entrevista ao Estado, o delegado Oslain Santana mostra como agem as organizações criminosas em relação ao poder público e o perigo representado por cada uma delas. Elas se distribuem por três grupos. Um, de matriz mafiosa, se infiltra no aparelho do Estado e investe mais em corrupção de agentes públicos do que em atos de violência para realizar seus "negócios" e ampliar cada vez mais seu poder. "Veja o exemplo do Carlinhos Cachoeira. Começou com jogo do bicho e foi se infiltrando no Estado."
Numa outra categoria estão o que a PF chama de "grupos agressivos", que apelam para ações armadas, como ocorre no Rio e em São Paulo. Eles são violentos, mas têm poder econômico reduzido, se comparado com o dos outros grupos, e sua infiltração no aparelho estatal não é profunda.
O grupo que mais preocupa a PF, pelo seu poder e seu raio de atuação, é formado, segundo Oslain Santana, pelas "organizações de colarinho-branco ou das elites, pessoas acima de qualquer suspeita, mas que movimentam grandes esquemas". Por isso, são as mais perniciosas do ponto de vista da PF. "Desviam bilhões dos cofres públicos para benefício pessoal. Tiram dinheiro da educação e da saúde por meio de violações constantes do Decreto Lei 201/67 e da Lei de Licitações." Deixando de lado a confusão de criminosos de colarinho-branco com as "elites" - citadas de forma vaga, imprecisa -, um conceito que ele claramente não domina, o delegado Santana tem razão para chamar a atenção para a capacidade que esse último grupo tem de causar graves prejuízos aos cofres públicos, em vista de seu poder de aliciamento e corrupção. É de esperar, portanto, que continue a merecer cuidado especial da PF.
loading...
-
Petrolão: Corrupcao E Roubalheira Muito Maiores Do Que O Imaginado
Sempre desconfiei que os tais 3% nunca foram de verdade 3%, assim com achei ridícula a estimativa da nova diretoria da Petrobras para as perdas ocasionadas pela gatunagem petista. A conta só pode ser infinitamente mais alta, coisa de dezenas de bilhões.No...
-
190 Mil Dolares Cash? Ufa! Nao Era Um Aloprado Do Partido Milionario...
Calma, calma: era só um traficante normal. Os companheiros redobraram os cuidados agora. Essa coisa de cuecaforte foi definitivamente abandonada. Agora eles podem usar transporte blindado... Paulo Roberto de Almeida POLÍCIA FEDERAL23.janeiro.2014 18:27:46PF...
-
Tal Pai, Tal Filho: O Imenso Pantano Da Corrupcao Do Bolsa-familia Doscompanheiros (logico)
Não é surpreendente; conhecendo-se a inépcia e o desleixo dos companheiros com os recursos públicos, seria surpreendente se não acontecesse. E, na verdade, não vai acontecer nada: cai continuar tudo como está, para pior...Paulo Roberto de Almeida ...
-
O Velho Brasil De Sempre: Corrupcao; Quando Os Brasileiros Vao Aprender Com A Experiencia?
A pergunta é exatamente esta: quando é que os brasileiros vão aprender que QUALQUER benefício público, qualquer prebenda, qualquer montante de dinheiro CIRCULANDO pelas mãos (várias vezes pelos pés) do ESTADO, sempre estará sujeito a DESVIOS,...
-
A Mais Gigantesca Maquina De Corrupcao Do Brasil: Nunca Antes...
De fato, nunca antes na história do Brasil, desde Cabral, tínhamos saído de um modo de produção feudal-fisiológico, atingindo no máximo a escala manufatureira da corrupção, direto para um modo de produção superior de corrupção, o socialismo...
Diplomacia e Relações Internacionais