RIO — Um comunicado oficial emitido pela UFRJ na tarde desta terça-feira (18) virou motivo de chacota entre estudantes nas redes sociais. Isso porque, no texto enviado por e-mail aos alunos, há erros graves de grafia e acentuação, como “sugeitos” e “indígno”, além de desvios de concordância verbal e nominal nos trechos “aquele que a promovem” e “às penalidade”, como antecipou o blog da coluna Gente Boa.
O texto é assinado pela “SUPERAR - Sperintendência (sic) de Acesso e Registro - PR-1/UFRJ” e informa sobre a proibição de trotes vexatórios e humilhantes. O comunicado virou alvo de comentários irônicos no grupo de Facebook formado por alunos do Centro de Tecnologia da UFRJ. Um estudante chegou a duvidar da autenticidade do aviso: “Isso não pode ser sério. Tem muito erro”, postou ele. Outra aluna escreveu a palavra “sugeitos” acompanhada da foto de um menino com a mão no coração e a frase “Ai meu corassaum”.
Em outra foto postada, o professor de língua portuguesa Paquale Cipro Neto aparece com uma cara de reprovação. Um universitário fez um trocadilho com a sigla da Superintendência de Acesso e Registro, escrevendo que “dessa vez eles se SUPERARAM”. Horas depois de o e-mail original ter sido recebido, já na madrugada desta quarta a UFRJ enviou um novo comunicado, com o texto corrigido.
Procurada pelo GLOBO para comentar o caso, a UFRJ informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o e-mail foi disparado por engano, antes de o servidor responsável conferir a redação do texto. Segundo a nota enviada, "logo depois do disparo, o informe foi disparado com as devidas correções".
Ainda de acordo com a nota, a UFRJ aproveita para reforçar o compromisso da reitoria em alertar para a prática dos trotes vexatórios na universidade. Os estudantes que se sentirem intimidados a participar de alguma prática podem entrar em contato com a ouvidoria, no site www.ouvidoria.ufrj.br.