Quebrando queixo em Havana (seria melhor não quebrar...): Direitos Humanos em Cuba - Direitos?? Humanos??? Cuba!!!!
Diplomacia e Relações Internacionais

Quebrando queixo em Havana (seria melhor não quebrar...): Direitos Humanos em Cuba - Direitos?? Humanos??? Cuba!!!!


Pois é, existem lugares apropriados e outros inapropriados para falar de direitos humanos, inclusive dos nossos, que não são lá essas coisas, como sabem todos os pobres e os encarcerados...
Por acaso, só hoje, sexta-feira 10/02/2012, tomei conhecimento de uma matéria que me cita, publicada quase uma semana atrás...
Paulo Roberto de Almeida 

Cuba: Em boca calada, não....
Veja, 4/02/2012

Não é razoável que a presidente Dilma Rousseff não esperasse perguntas sobre direitos humanos em sua primeira visita a Cuba. Tampouco que uma pessoa preparada como ela ignore a diferença entre provérbios populares (Quem tem telhado de vidro não atira pedra no vizinho) e o momento bíblico eni que Jesus salvou uma adúltera da lapidação (Aquele de vós que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra). O que se sabe com certeza é que ela pretere ler discursos a falar de improviso e evita a todo custo conceder entrevistas coletivas com temas em aberto (antigamente chamadas de "quebra-queixos"). Talvez pelo clima caloroso de Havana, na semana passada Dilma aceitou um 'quebra-queixo leviano", como definiu. O contorcionismo moral, lógico e conceitual com que respondeu à mais previsível das perguntas só tem explicação no discurso reprimido que permeou suas declarações. "Vamos começar a falar de direitos humanos no Brasil, nos Estados Unidos, a respeito de uma base, aqui, chamada Guantánamo. Vamos falar de direitos humanos em todos os lugares' disse a presidente. O que queria dizer de verdade: os Estados Unidos são intrinsecamente maus, a Cuba castrista é essencialmente uma vítima. Mais; "Não é possível fazer da política de direitos humanos só uma arma de combate político-ideológico. O mundo precisa se convencer de que é um assunto sobre o qual todos os países têm de se responsabilizar. Quem atira a primeira pedra tem telhado de vidro. Nós, no Brasil, temos o nosso". Tradução: americanos maus usam a questão dos direitos humanos para perseguir o comunismo ilhéu; portanto, qualquer discussão sobre o tema já é condenável em princípio.

Existe pelo menos uma dezena de manchas que a presidente poderia ter usado para, diplomaticamente, não ofender as autoridades do país que visitava, sem indicar que o regime cubano merece ser mantido numa redoma brindada. Não é preciso ser pró-americano para entender que democracias combatem melhor suas deficiências — os Estados Unidos não só abandonaram as patéticas tentativas de plantar charutos envenenados nas imediações de Fidei Castro como, por iniciativa de seus próprios cidadãos e líderes políticos, acabarão restaurando os processos devidos aos presos de uma guerra terrorista. "Colocar todos os países em um mesmo patamar de 'desrespeito' aos direitos humanos é impróprio e inadequado, pois regimes democráticos costumam dispor de mecanismos de controle do Poder Executivo, inexistentes nos regimes totalitários", diz o diplomata Paulo Roberto de Almeida, que hoje dá aulas de política externa brasileira na Universidade Sorbonne, em Paris. Essa diferença é crucial: se governos americanos cometem abusos ou o estado brasileiro viola direitos, as respectivas sociedades dispõem de instrumentos para protestar e lutar pela reparação. Em Cuba violar direitos ("burgueses", é claro) é parte constituinte da política de estado.
Os valorosos cubanos que se insurgem contra o regime foram comparados por Lula a "bandidos presos em São Paulo" — isso dias depois da morte, em greve de fome de protesto, do pedreiro Orlando Zapata. Dilma, agora, igualou os dissidentes cubanos presos apenas por pensar diferente de Castro&Castro aos terroristas assassinos em massa da Al Qaeda. Nesse quesito, o do transe ideológico, Dilma superou o mestre. "Ela entrou em euforia psicológica por idolatria a Cuba e não calculou o impacto do que estava falando", diz o cientista político Rubens Figueiredo. O esquerdismo é uma doença juvenil difícil de ser superada sem autocrítica, mas não pode suplantar a dignidade humana — esta, sim, um valor incondicional. Sugestão para não quebrar queixos em próximas visitas a ditadores: deixar os ditados de lado e ficar só com Jesus: "Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus".



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Por exemplo, ter de suportar perguntas chatas de jornalistas, questionando sobre direitos humanos em Cuba, êta coisa chata sô... Se eles apenas falassem de negócios, comércio, tudo seria mais fácil, mas eles logo vêm com essas coisas incômodas....



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