Diplomacia e Relações Internacionais
Navios demoram mais de dois meses para carregar nos portos brasileiros...
Seria trágico se não fosse catastrófico para o comércio brasileiro.
Em uma aula, na quarta-feira passada, para alunos de um curso de MBA na Connecticut University Business School, que me perguntavam sobre o agronegócio brasileiro, eu confirmei o que sabia, ou seja: o Brasil realmente é um "killer" em produtividade agrícola e que, pelo menos até a porteira da fazenda a soja brasileira era mais barata do que a soja americana. Depois, acrescentei, os custos de transporte até o porto encareciam a nossa soja.
Não sabia, e não falei, dessa triste realidade dos portos brasileiros. Se soubesse, aliás, teria vergonha em relatar tal descalabro.
Paulo Roberto de Almeida
Mais uma empresa chinesa desiste da soja brasileira
Preocupado com apagão logístico, senador Blairo Maggi negocia na China com importadores, que ameaçam suspender compra do produto
19 de abril de 2013 | 22h 14
Cláudia Trevisan, correspondente
PEQUIM - Mais uma empresa chinesa cancelou a compra de soja do Brasil por atrasos na entrega do produto, afirmou nesta sexta-feira em Pequim o senador Blairo Maggi (PPS-MT), que se reuniu com vários importadores para avaliar o impacto do apagão logístico nacional sobre o humor de seu principal cliente agrícola.
Maggi não revelou o nome da companhia chinesa nem o tamanho da carga, mas disse que são "vários navios" destinados a uma esmagadora de soja que importa o produto por meio de uma trading do Japão.
Esse é o segundo caso em um mês de cancelamento causado por atrasos dos embarques no Brasil, onde navios estão esperando em média 65 dias para ser carregados nos portos - cada dia parado custa US$ 25 mil.
"É o fim do mundo", disse Maggi, que está entre os maiores produtores de soja do Brasil. Segundo ele, "é muito ruim" a percepção dos importadores chineses em relação aos problemas logísticos brasileiros.
Concorrência. O setor teme que os atrasos nos embarques levem os clientes chineses a optar pelo produto americano quando houver excesso de oferta no mercado - neste ano, os estoques mundiais estão em níveis historicamente baixos em razão da quebra da safra de soja nos Estados Unidos. "Estamos perdendo a credibilidade", disse Glauber Silveira, presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), que acompanhou Maggi na visita à China.
Segundo o senador, eles ouviram a mesma mensagem de todos os importadores com quem se reuniram: "Eles nos disseram que darão preferência à soja americana em detrimento da brasileira, por causa da previsibilidade no embarque".
Neste ano, essa opção é limitada pela restrição da oferta nos EUA. Mas, se não houver problema na próxima safra, Silveira prevê mais 15 milhões a 20 milhões de toneladas no chamado "estoque de passagem". Em sua opinião, a maior parte dessa "sobra" poderá ficar encalhada no Brasil.
Há um mês, a maior importadora chinesa de soja, Sunrise, cancelou a compra de quase 2 milhões de toneladas do produto por causa de atrasos nos embarques em portos brasileiros.
Na época, o gerente de grãos e óleos da empresa, Shao Guorui, disse ao Estado que a Sunrise analisava a possibilidade de compensar o cancelamento dos contratos com a aquisição de soja na Argentina a partir de abril.
Segundo ele, a companhia deveria ter recebido seis navios em fevereiro e seis em março, mas a chegada dos carregamentos foi adiada para abril, em razão do apagão logístico que atinge os portos nacionais. A China é o principal consumidor da soja brasileira e adquiriu quase 70% dos US$ 17,5 bilhões exportados no ano passado.
Maggi ressaltou que a demora nos embarques gera prejuízos às processadoras de soja chinesas, que enfrentam dificuldades para cumprir os contratos com os clientes. O senador deu o exemplo da esmagadora Cofco, que paralisou a operação de uma fábrica por não ter recebido o produto comprado do Brasil no prazo previsto. "O navio está há 65 dias parado no Porto de Santos. Depois que for carregado, vai demorar mais 30 dias para chegar à China", observou.
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