Indonesia e seus principios de poder: soberania, independencia economica, carater cultural distinto - comentários
Diplomacia e Relações Internacionais

Indonesia e seus principios de poder: soberania, independencia economica, carater cultural distinto - comentários


O novo governo da Indonésia proclamou, em declaração formal, seus novos princípios de atuação.
Eles são três, e eu indico abaixo com simples comentários a respeito:

1) Soberania política: creio ser absolutamente dispensável tal tipo de declaração, tal manifestação principista, sequer a invocação da questão. Tem-se como dado inerente a qualquer Estado, mesmo o mais humilde, o mais pobre, o mais periférico, o exercício da soberania, que se exerce na prática, naturalmente, e dispensa qualquer declaração ou repetição. Reiterações dessa "coisa" pode ser um desconforto psicológico ou uma dúvida quanto a seus atributos próprios.

2) Independência econômica: Algo inatingível, irracional, e até prejudicial, a qualquer país, em qualquer época, e qualquer circunstância. A melhor situação, de maior bem-estar, é sempre a interdependência econômica, segundo velhos princípios ricardianos, de acordo com a total liberdade dos agentes diretos da prosperidade nacional. Qualquer obrigação estatal de "independência" é ilusória e constrangedora das liberdades econômicas, ou seja, torna o Estado e os cidadãos mais pobres, e menos inseridos na riqueza e na diversidade da economia global. Por definição primária, a soma de realizações, inovações e acumulação de riqueza no plano mundial é, e sempre será, bem maior e mais diversificada do que qualquer desempenho nacional, certo? Então, esqueça isso.

3) Caráter cultural distinto: Todo país é resultado de uma história complexa e contraditória, com aportes de seu próprio povo -- o que sempre será distinto de qualquer outra identidade cultural -- e de outros povos, via importações, imigrantes, turismo, internet, etc. Afirmações culturais são próprias do povo, da comunidade, não atributos do Estado. Ele não precisa se meter com cultura, pois não é o seu terreno próprio. Dispensável a afirmação, portanto...

Paulo Roberto de Almeida



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