Heranca Maldita dos Companheiros: o legado nefasto da Copa - Editorial Estadao
Diplomacia e Relações Internacionais

Heranca Maldita dos Companheiros: o legado nefasto da Copa - Editorial Estadao


O verdadeiro legado da Copa

15 de janeiro de 2014 | 2h 06
Editorial O Estado de S.Paulo
Dos gastos bilionários de recursos públicos para a realização da Copa do Mundo restarão para a população contas a acertar, monumentos à gastança sem utilidade pública e algumas obras que poderão melhorar sua vida. Para justificar esses gastos, as autoridades federais sempre invocaram o chamado legado da Copa, especialmente o que decorreria das obras de mobilidade urbana planejadas para facilitar o acesso aos estádios e que posteriormente beneficiariam toda a população. O legado será bem menor do que o anunciado, o custo dos estádios será bem maior do que o previsto e o País terá perdido uma oportunidade para investir com mais racionalidade e critério em áreas essenciais para a vida da população.
De 2010 a 2013, o governo federal repassou para os Estados onde haverá jogos da Copa muito mais dinheiro para a construção de estádios do que, por exemplo, para melhorar a educação. Os cerca de R$ 7 bilhões gastos na construção dos estádios teriam sido muito mais úteis para a população se tivessem sido aplicados em escolas, em obras na área de saúde pública ou mesmo em estradas, portos, ferrovias, por exemplo.
Da matriz de responsabilidade - criada em 2010 para que a população se convencesse da necessidade das obras de infraestrutura nas 12 cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo e pudesse acompanhar seu andamento - foram excluídos muitos projetos viários e de transporte urbano de massa, justamente os que mais ajudariam a melhorar as condições de vida nessas cidades. Brasília, por exemplo, não ganhou um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o transporte de passageiros. Das obras que foram mantidas, a grande maioria estava com sua execução atrasada no fim do ano passado.
Já os estádios, todos foram contratados, foram ou estão sendo concluídos a tempo, mas sempre a um custo maior do que o previsto. Deles, boa parte não terá praticamente nenhum uso depois de encerrada a Copa. Mas sua manutenção, cara, continuará impondo custos aos contribuintes.
Com base em dados da Controladoria-Geral da União, a Agência Pública - organização que investiga questões que considera de interesse público - constatou que, desde 2010, quando foi anunciada a matriz de responsabilidade da Copa, 9 das 12 cidades-sede receberam mais financiamentos federais para a construção de estádios do que repasses da União para educação. As exceções são Brasília (o governo do Distrito Federal arcou sozinho com as obras do Estádio Mané Garrinha, que custaram R$ 1,2 bilhão), Rio de Janeiro (o governo fluminense se responsabilizou pela reforma do Maracanã) e São Paulo (o Itaquerão está sendo construído pela iniciativa privada, com financiamento de R$ 400 milhões do BNDES).
Enquanto as obras dos estádios exigirão investimentos ou financiamentos públicos de R$ 7,5 bilhões, os investimentos públicos em obras que comporão o legado da Copa (mobilidade urbana, aeroportos e portos) estão estimados em R$ 6,5 bilhões.
A concentração de recursos financeiros e técnicos - para o planejamento e acompanhamento das obras - nos estádios certamente reduziu a disponibilidade desses recursos para outras áreas, que exigem maior atenção do poder público. No caso do governo federal, sua conhecida dificuldade para executar planos e programas, que anuncia com grande facilidade, tornou-se ainda mais aguda com o acúmulo de responsabilidades assumidas para a realização da Copa do Mundo.
Em algumas das cidades-sede, como São Paulo e Rio de Janeiro, a Copa poderá resultar em agravamento temporário de problemas crônicos, como os congestionamentos, mas, encerrada a competição, dificilmente elas terão alguma compensação ou direito a algum legado. Suas carências continuarão as mesmas, se não tiverem piorado.
Tinham razão os que saíram às ruas no ano passado para protestar contra os gastos com a Copa do Mundo e exigir das autoridades o uso mais responsável do dinheiro público, sobretudo para a melhoria em áreas essenciais para o País, como educação, saúde e segurança.



loading...

- A Exame Faz O Exame Das Contas Companheiras: Gastaram Usd 15 Bilhoes Para Ganhar Usd 400 Milhoes
Um balanço, ainda preliminar, das contas públicas dos companheiros, ou seja, os resultados entre despesas e receitas vinculadas à Copa do Mundo. Somando tudo, eis o que Lula e Dilma produziram. Só gastaram "30 bilhões", como relatado mais abaixo,...

- A Copa Da Mae Joana - Gil Castello Branco
A Copa da Roubalheira e a casa da Mãe JoanaOrlando Tambosi, 19/06/2014 O economista Gil Castello Branco, fundador do Contas Abertas, escreveu no jornal O Globo, que desde 2007, quando foi anunciada a realização da Copa no Brasil, temos comprado...

- Copa Do Mundo: Companheiros: 35; Brasil: 0 (mas Sempre Pode Ser Mais...)
Copa do Mundo vai custar R$ 3,5 bi a mais ao governoConsiderando obras transferidas para o PAC, despesa total chega a R$ 35 biNas primeiras projeções União já alertava que outras intervenções seriam incluídas no custo total do eventoDIMMI AMORA, FILIPE...

- Conhece O Robsbawm? Associacao Involuntaria E Lapso Freudiano No Site Do Partido Totalitario
Do blo do Orlando Tambosi: Copa da Roubalheira só é defendida pelo PT, que invoca até "Robsbawm". Blog do Orlando Tambosi, 6/06/2014 No site do PT, Hobsbawm virou Robsbawm. Faz sentido.O partido totalitário chama o evento de "Copa das Copas" e mente...

- A Copa Que Nao Custaria Nada Aos Cofres Publicos: A Mais Cara De Todas As Copas...
A mais cara de todas as CopasEditorial O Estado de S.Paulo23 de junho de 2013 A Copa do Mundo de 2014 no Brasil será a mais cara de todas. O secretário executivo do Ministério dos Esportes, Luís Fernandes, anunciou que em julho seu custo total chegará...



Diplomacia e Relações Internacionais








.