Diplomacia e Relações Internacionais
Cuba comunista: Brasil pronto a ajudar, diz Celso Amorim
A nota abaixo figura num newsletter da liderança do PT na Câmara dos Deputados (21.09.2010). Transcrevo a tal qual.
Apenas achei curioso que se maifesta, expressamente, a vontade de cooperar com o "desenvolvimento econômico da ilha comunista" (sic, como se escreve, neste caso, três vezes). Curiosa essa cooperação.
Seria para manter a economia da ilha no sistema comunista?
Seria para manter uma das últimas ditaduras totalitárias do mundo?
Isso não tem nada a ver com política externa, pois se trata apenas de "desenvolvimento econômico", ao que parece, embora também pertença ao domínio dos atos de política externa, pois um país pratica diplomacia ao oferecer cooperação a outros.
Sempre existe a escolha de fazer ou não fazer. Geralmente os Estados cooperam com outros Estados que costumam partilhar interesses, valores, princípios, objetivos prioritários.
Não sei existe tal coisa entre o Brasil e a tal de "ilha comunista", como voluntariamente descrita pelos petistas.
Creio que é uma questão de escolha. Alguns diriam até que é uma questão de caráter...
Paulo Roberto de Almeida
Brasil está pronto para ajudar Cuba, diz Celso AmorimO chanceler brasileiro, Celso Amorim, afirmou ontem que o Brasil está pronto para ajudar Cuba a desenvolver pequenos e médios negócios a fim de contribuir com o desenvolvimento econômico da ilha comunista. A cooperação na área de negócios foi um dos temas discutidos por Amorim com o presidente cubano, Raúl Castro, em Havana, no sábado (18).
Amorim disse que o Brasil tem uma vasta experiência na promoção do empreendedorismo para desenvolver a economia formal. Cuba, acrescentou, precisará desse conhecimento para ajudar seu setor privado a absorver 500 mil funcionários públicos que o governo estuda demitir até março, como parte de uma estratégia para tornar sua economia mais eficiente.
A iniciativa do chanceler brasileiro foi elogiada pelo deputado Nilson Mourão (PT-AC). “É uma manifestação politicamente correta e solidária do Brasil para com Cuba. No momento em que economia cubana vive momentos difíceis, o Brasil pode e deve colaborar com suas experiências para que Cuba enfrente suas dificuldades econômicas”, disse.
Mais de 5 milhões de pessoas, ou 85% da força de trabalho cubana, trabalham para o governo, muitos dos quais em funções improdutivas. A transferência de meio milhão de trabalhadores para o setor privado é vista como a mais importante decisão política de Cuba desde que Raúl assumiu as tarefas diárias de seu irmão enfermo Fidel, em 2006, tornando-se oficialmente presidente em 2008.
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