Brasil no G20 e o constrangimento ucraniano - Caio Blinder
Diplomacia e Relações Internacionais

Brasil no G20 e o constrangimento ucraniano - Caio Blinder


O Lava Jato ucraniano de Dilma
Caio Blinder blog, 6/11/2014 às 12:56

Com Putin, Dilma não repete as palavras do primeiro-ministro canadense Harper

Nenhuma surpresa na atitude ucraniana da presidente Dilma Rousseff. A agressão russa no país vizinho é um escândalo geopolítico. No entanto, a presidente do Brasil lava as mãos. Ela considera prioritário denunciar bombardeios americanos contra os terroristas do Estado Islâmico (precisamos de diálogo, minha gente, vamos colocar a cabeça no lugar).

Já na reunião do G-20, na Austrália, onde Vladimir Putin foi alvo de merecida hostilidade ocidental, Dilma foi pacata, foi anódina, foi omissa, foi uma anestesia quando deveria tocar na ferida.

Como assim, presidente? A senhora não tem posição sobre uma crise crucial no mundo atual? Em entrevista, Dilma afirmou: “O Brasil, no caso da Ucrânia, não tem e nunca definiu uma posição. Nunca nos manifestamos e evitamos sistematicamente nos envolver em assuntos internos.” Pelo menos desta vez, a presidente não denunciou as ações de Israel em Gaza, como é praxe na sua política de  “não intromissão nos assuntos internos” de outros países.

No jargão dilmista, na crise ucraniana, o Brasil não está “nem de um lado nem de outro”. Está, sim senhora. Ao lavar as mãos, o Brasil se posiciona a favor da agressão russa, em função de uma parceria estratégica com Moscou como integrante dos Brics. Outros países, a destacar na Europa, também têm negócios com a Rússia, mas, pelo menos, marcam posição sobre a Ucrânia. Presidente, não precisa adotar sanções contra o Kremlin, mas sancioná-lo?

Falando em mão, o contraste com a atitude de Dilma Roussef, foi a do primeiro-ministro canadense Stephen Harper. Ele cumprimentou o nosso homem em Moscou, mas desferiu o golpe diplomaticamente correto para a ocasião. “Bom, acho que vou apertar sua mão, mas só tenho uma coisa para te dizer: caia fora da Ucrânia.”

Valeu, Mr./Monsieur Harper! Na típica agitprop russa, um porta-voz do Kremlin disse que a resposta de Putin foi: “Impossível, já que nunca estivemos lá.”

Dilma lavou as mãos. Stephen Harper quem sabe tenha feito o mesmo….após apertar a mão do nosso homem em Moscou.



loading...

- Economia Lulo-petista Propoe Ao Brasil Recuo De 80 Anos No Comercio Internacional: De Volta Aos Anos 1930 Com O Brics
Inacreditáveis petistas: não contentes de provocarem o maior desastre econômico no Brasil desde a era Sarney e Collor, eles ainda querem fazer o Brasil recuar ainda mais, voltar ao bilateralismo estrito e ao uso de moedas contábeis no comércio internacional,...

- Cronicas Do Nanismo Diplomatico - Ricardo Velez-rodriguez
POLÍTICA EXTERNA MALUCA EM AGOSTO MÊS DE DESGOSTO Blog Rocinante, 2/08/2014 / by Ricardo Vélez-Rodríguez Capa da obra A era dos assassinos (Rio: Record, 2008), dos historiadores russos Yuri Felshtinsky e Vladimir Pribilovski. “Eta mundo...

- Vc Quer Tirar Uma Foto Com Lenin, Com Stalin, Ou Com Putin, O Novo Czar De Algumas Russias (aumentando?)?
O que quer Vladimir Putin?O maior objetivo do presidente da Rússia não é promover uma expansão imperialista, e sim fortalecer seu autoritarismo e esmagar a oposição internaNathalia Watkins, de Moscou, Veja, 16/05/2014 NACIONALISMO - Ensaio...

- Ucrania E A Diplomacia Brasileira: Ate Tu G7? Mas, Cade O G8?
Acho que o G8 não vai se reunir mais, ou pelo menos não este ano em Sochi, como estava previsto. Melhor voltar ao formato anterior de G7 e esquecer o que se passou nos últimos 15 anos... Quanto ao BRICS, aposto como a próxima reunião vai ser desenxabida,...

- Crimeia: Formalmente Ucraniana, De Fato Russa - Uma Sintese Por Renato Marques
Renato Marques, um diplomata que foi embaixador do Brasil em Kiev, manda, para um amigo, e teve a bondade de partilhar comigo, sua brevíssima análise da situação atual, e futura, da península da Crimeia, numa síntese genial demais para ficar apenas...



Diplomacia e Relações Internacionais








.