A "Nova" Política Industrial: Nova?; Política?; Industrial??!!!
Diplomacia e Relações Internacionais

A "Nova" Política Industrial: Nova?; Política?; Industrial??!!!


O governo juntou três ou quatro ministros para anunciar uma "nova política industrial", que segundo os três, ou quatro, vai proteger a indústria nacional, preservar empregos, reservar o mercado nacional para os brasileiros e ainda por cima promover a modernização tecnológica da indústria automobilística brasileira (brasileira?!!; perdão; instalada no Brasil).
Eu já escrevi suficientemente aqui, para que meus leitores saibam o que eu penso, ou deixo de pensar, dessa coisa recém anunciada. Não é nova, não é política, e não é industrial.
É apenas o velho protecionismo, é rentismo e não política, e não é sequer industrial, sendo apenas uma medida comercial para aumentar o lucro dos sindicatos de ladrões do setor automobilístico, com alguns tostões deixados para a máfia sindical dos metalúrgicos (aliás, vocês sabem quem era o patrão mafioso desse outro sindicato de ladrões da economia popular).
Não tenho necessidade de escrever mais a respeito, inclusive porque iria me repetir.
Mas não custa nada postar uma ou outra contribuição intelectual para a compreensão dessa nova e formidável contribuição das autoridades para a inteligência nacional...
Eu sempre disse -- venho dizendo há mais de duas décadas -- que o Brasil caminha para a decadência. É lenta, eu sei, e por isso pouco percebida, mas existe. Ela é antes de tudo mental, pois materialmente a gente vai até avançando um pouquinho.
E gosto de repetir Mario de Andrade, em "O Poeta Come Amendoim" (1924):
"Progredir, progredimos um tiquinho, que o progresso também é uma fatalidade...".
Paulo Roberto de Almeida 



Protecionismo no setor automobilístico e o risco do jumento chifrudo
Reinaldo Azevedo, 15/09/2011 22:50:48

Imaginem um cruzamento ideal entre a vaca e o jumento: o híbrido seria exímio para puxar carroça e ainda daria litros de leite. Mas e se acontecesse o contrário: nem dar leite nem servir para a tração? Seria só um jumento com chifres!  É o que costuma acontecer quando uma economia aberta (ou quase) adota medidas para proteger um determinado setor, sob o pretexto de proteger empregos nacionais ou sei lá o quê.
O governo anunciou nesta quinta que vai elevar em 30 pontos percentuais o IPI de carros e caminhões que não cumprirem as novas exigências estabelecidas pelo governo: as montadoras vão ter de utilizar ao menos 65% de conteúdo nacional ou do Mercosul nos veículos, investir em pesquisa etc. — há 11 requisitos; para que não haja o aumento, será necessário cumprir pelo menos 6.
“É uma medida que garante a expansão dos investimentos no Brasil, o desenvolvimento tecnológico e a expansão da capacidade produtiva no Brasil”, afirmou Guido Mantega. É mesmo? Era o que se dizia no tempo de um clássico do protecionismo, que fez milionários e deixou o Brasil nas cavernas: a chamada Lei da Informática, de triste memória. Pode acontecer o contrário do que diz Mantega: novas empresas desistem de investir no Brasil; as que já estão aqui aproveitam para aumentar o preço e não se vêem obrigadas a concorrer; o lucro é garantido, e o brasileiro passa a pagar caro por carro meio vagabundo… É o jumento de chifres.
É evidente que o governo decidiu escolher mais um setor para “proteger”. Por que não os outros? A rotina para responder ao desequilíbrio macroeconômico será, então, essa, revestindo a concessão de privilégios de interesse estratégico? O presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotoras (Abeiva), José Luiz Gandini, fornece uma informação importante. Ele não tem motivos para gostar da medida, é evidente, mas dado é dado: em 2010, foram comercializados 120 mil carros estrangeiros num mercado de 2,5 milhões de automóveis — 4,8% do total apenas.
Mantega e o ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) alegaram que isso vai proteger os empregos brasileiros etc e tal. É um argumento clássico do protecionismo, não é? O fato é que o que está exportando empregos é o câmbio. Mercadante, grandiloqüente como sempre, afirmou que quem quiser se aproveitar do mercado brasileiro vai ter de investir aqui: “Mesmo porque, lá fora, não tem muitas opções”.
Vamos ver. De imediato, uma coisa é certa: o consumidor vai pagar o pato. E também vai se dar mal aquele setor da economia que investiu no mercado de carros importados segundo as regras então vigentes. Se os empregos vão ser mesmo protegidos, o tempo dirá. Medidas semelhantes, em outros momentos, só geraram atrasos e alimentaram pançudos. Nem leite nem tração. Só jumento de chifres.



loading...

- Pirataria Governamental: Somos As Vitimas
A presidente quer proteger o mercado interno, considerado pela Constituição como parte do "patrimônio nacional" (sic três vezes). Para isso, ela aumenta impostos que nós temos de pagar, aqui dentro... Ou seja, isso é extorsão contra o patrimônio...

- O Rato Que Ruge: Mantega Contra Omc -- Vários Artigos...
Sim, já sei: "o rato que ruge" não é expressão original, muito menos minha. Sei que existe, mas não sei quem detém o copyright da expressão. Seja quem for, considere-se moralmente creditado pelos direitos aqui usurpados, pois não pretendo criar...

- Protegendo A Inteligencia Nacional: Estrangeiros Querem Extingui-la...
Ufa! Ainda bem que o governo está sempre atento aos perigos que vêem de fora. Pode ser qualquer coisa: bens tangíveis e intangíveis. Entre os primeiros se encontram essas porcarias de automóveis estrangeiros, que ademais de todos os seus acessórios...

- Ministro Da Fazenda Do Brasil Justifica Discriminacao Argentina Contra Produtos Brasileiros
Sim, repito: o Ministro Mantega está legitimando o protecionismo argentino e dizendo que eles podem, sim, continuar, e até expandir, o protecionismo que atualmente é exercido no mercado argentino contra produtos brasileiros. Para o ministro Mantega,...

- Operarios (sindicalizados) Pedem Desemprego E Desindustrializacao!!!
Parece contraditório não é mesmo? Mas é assim. Leio no jornal do dia a seguinte manchete de primeira página: "Metalúrgicos fazem greve contra desindustrialização" Bem, não são todos os metalúrgicos, só os sindicalizados, e mais especialmente...



Diplomacia e Relações Internacionais








.